
Depois do “peixe inteligente”, surge uma nova espécie no governo Bolsonaro: o “boi bombeiro”. “Se tivéssemos um pouco mais de gado no pantanal, isso teria sido um desastre até menor do que nós tivemos este ano”. Foi o que disse a ministra da Agricultura e defensora dos interesses dos ruralistas (e não do meio ambiente), Tereza Cristina. Evidentemente, a afirmação da ministra conhecida como “musa do veneno”, contempla os interesses dos ruralistas e, como sempre, se tratando do governo Bolsonaro, não tem qualquer base científica. Mas, claro, tem o apoio do criminoso ambiental, o seu colega Ricardo Salles.
Os fatos, dizem os especialistas, mostram exatamente o contrário. Sabe-se que o número de cabeças de gado na região Centro-Oeste teve uma redução insignificante e, mesmo assim, as queimadas foram as maiores da história. Portanto, a tal versão do “boi bombeiro” é mais um conto-da-carochinha do governo terraplanista.
Na verdade, não é o boi que atua como bombeiro. Porque mesmo com o boi no pasto, a “boiada do Ricardo Salles”, passando de forma criminosa, afrouxando as leis ambientais, reduzindo a fiscalização e fazendo vistas grossas para os seus comparsas que devastam o meio ambiente, não há brigada contra incêndios que resista . Os bois estão no pasto. O problema, é que a “boiada do Ricardo Salles”, na baciada, como ele mesmo falou, vai cometendo, até aqui impunemente, os maiores crimes ambientais da história brasileira.