
“Ustra era um homem de honra.” (General Mourão, fazendo loas ao torturador e assassino Ustra, em 8 de outubro de 2020).
É lamentável, deprimente e nauseante sob todos os aspectos o elogio feito pelo general Mourão, o vice-presidente da República, ao torturador e assassino Brilhante Ustra. O torturador Ustra, ídolo de Bolsonaro, ficou conhecido por ter prazer em enfiar ratos vivos nas vaginas das presas políticas. Na folha corrida do algoz da ditadura militar constam sua participação em mais de 500 torturas e 45 mortes e desaparecimentos de presos políticos.
É profundamente lamentável que o general Mourão, que em alguns momentos até entrava em cena para moderar as barbaridades expelidas por Bolsonaro, dê um depoimento tão deplorável. Isso mostra que, por detrás de sua cultura e aparente polidez, o general não passa mesmo é de um bolsonarista raiz. Seria menos ruim para a biografia do general que ele ficasse calado. Mas, como todo bolsonarista, os instintos sempre falam mais alto.