
“Praia e sol, Maracanã e futebol, domingo…” (Trecho da canção “Praia e Sol”, Bebeto).
Crivella não é apenas um fundamentalista, reacionário e corrupto governando a cidade do Rio de Janeiro. Ele é avesso a tudo o que caracteriza o Rio. Não gosta de samba, odeia o Carnaval e o Réveillon e não está nem aí para as tradições da cidade. Ele sempre se recusou a fazer a entrega simbólica da chave da cidade para o Rei Momo, na abertura do Carnaval, uma das maiores tradições cariocas. Mas fez questão de fazer a entrega real da chave da cidade, durante o ano inteiro, ao empresário Rafael Alves.
Dentre suas ideias ridículas e rocambolescas, dignas de quem não tem noção sequer da cidade em que pisa, mas que foi eleito para “governar”, Crivella chegou a propor a divisão da praia em “quadradinhos” para evitar aglomerações durante a pandemia. Claro que virou piada.
Agora, a praia voltou ao enredo de mais uma comédia pastelão do prefeito fundamentalista. Sua mais “genial” proposta consiste em liberar o público para os jogos no Maracanã para, com isso, diminuir o número de pessoas nas praias. Sempre que, em um domingo de sol, o jogo da TV, às 4 da tarde, está sendo exibido ao vivo do Maracanã, os locutores repetem o que já é conhecido: “o carioca aproveitou o domingo de sol na praia e da praia veio direto para o Maracanã.” Simples assim. Quem foi que disse que, com praia e futebol à tarde, o carioca vai à praia e de lá para a casa? Ou vai apenas ao futebol? Só mesmo o Crivella! Resultado: aglomeração na praia e no Maracanã!