LULA PODE VENCER NO PRIMEIRO TURNO, COM 50,7%

Pesquisa Atlas Intel/Arko Advice, divulgada na tarde de 30 de outubro, faltando apenas dois dias para o pleito, indica a vitória de Lula já no primeiro turno, com 50,7% dos votos válidos. Destes, 49,3% seriam dos votos totais. A pesquisa entrevistou 4.500 pessoas em 1.661 cidades, abrangendo todos os estados e regiões do país. Com margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos, o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Lula está no limite, a um fio de vencer no primeiro turno, embora a pesquisa em si não assegure a vitória, visto que Lula tem mais de 50% dos votos, porém, dentro da margem de erro. Faltando um dia para a eleição mais importante da história do Brasil, o voto útil, com a migração de votos de outros candidatos para Lula, especialmente de Ciro (o que já vem acontecendo) e um trabalho de convencimento sobre a importância da vitória imediata de Lula para a reconstrução do país, que foi destruído pelo governo fascista, serão fundamentais. Porém, deve-se ainda ficar na expectativa do destino dos votos dos indecisos. Esses também serão fundamentais. Como é sabido que a prática do voto útil e a definição dos indecisos, em sua maior parte, acontecem na véspera ou até no dia da eleição, a campanha de Lula deve se concentrar na caça a esses votos nas últimas horas (e até no dia) que antecedem o pleito.

A experiência mostra que candidatos com 50% ou mais de intenção de votos no primeiro turno, segundo as pesquisas, não liquidaram o pleito em primeiro turno. Só para citarmos alguns exemplos: em 2006, Lula tinha 53% de intenção de votos segundo o Datafolha, e a eleição foi a segundo turno. Em 2010, Dilma tinha 51% das intenções, segundo o mesmo Datafolha, e a eleição também foi para segundo turno. Mas há de se considerar os contextos diferentes de 2006 e 2010 em relação a 2022. Naquelas duas eleições, não haviam ataques às instituições, ameaças de golpes, militares pressionando a Justiça Eleitoral. Também não haviam suspeitas infundadas contra as urnas eletrônicas e nem ameaças de um eventual perdedor não aceitar o resultado. O fascismo também não estava empoderado, com o próprio Presidente da República ameaçando o Estado de Direito. Hoje, a situação é outra. O próprio Presidente da República personifica atualmente a maior ameaça à democracia, às instituições, à imprensa, à ciência, à educação, ao meio ambiente, à cultura, às relações internacionais e à própria civilidade desse país. Assim, percebe-se que muitos votos que poderão decidir a vitória de Lula no primeiro turno virão de não petistas que pretendem afastar a desgraça política instalada no Brasil com a vitória de Bolsonaro em 2018. Por isso, aumentam as esperanças de, nas últimas horas que antecedem o pleito, a maior parte de eleitores de outros candidatos e dos indecisos, em uma missão verdadeiramente patriótica, votarem em Lula, ainda que façam alguma restrição ao petista.

Amanhã, estarão em disputa duas alternativas para o Brasil, em um pleito que só restaram duas vias: de um lado o fascismo e a barbárie miliciana, representados por Bolsonaro. De outro, a defesa da democracia, das instituições e do Estado de Direito, representados por por Lula. E, com todo respeito aos candidatos coadjuvantes, você eleitor, indeciso ou inclinado a praticar o voto útil para banir Bolsonaro logo no primeiro turno, ao votar em Lula entrará para a história como protagonista da vitória da democracia contra a barbárie.

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