ÁUDIO: QUEIMA DE ARQUIVO E O ATO FALHO DO BOZO

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele é um arquivo morto prá todo mundo já”. (Daniela da Nóbrega, irmã do miliciano assassinado Adriano da Nóbrega, em áudio divulgado pela Folha de São Paulo em 6 de abril de 2022).

O assunto não era Marielle Franco. Além disso, ninguém mencionou o nome da vereadora do PSOL assassinada em 2018. O assunto era a declaração da irmã do miliciano ligado à família Bolsonaro Adriano da Nóbrega, Daniela da Nóbrega, que afirmou que a morte do miliciano foi encomendada pelo Palácio do Planalto em troca de cargos comissionados. Adriano da Nóbrega sabia muito. Sabia demais. Era um arquivo vivo que comprometia toda a família Bolsonaro. A hipótese de “queima de arquivo” sempre teve elementos que a corroboravam. Porém, depois das declarações da irmã do miliciano, a tese ficou ainda mais corroborada. As declarações de Daniella da Nóbrega foram feitas em um áudio, divulgado pela Folha de São Paulo no dia 6 de abril.

Então Bolsonaro, ao responder às declarações da irmã do miliciano em sua live, disse:

“Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir mais. Os áudios dela [da irmã de Adriano], pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou: em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto”.

Motivo que poderia ter para matar Marielle Franco? Marielle Franco não era o assunto. Marielle Franco nem é citada no áudio. Porém, Bolsonaro citou Marielle Franco. Ato falho? O que o inconsciente desse fascista trouxe à tona? Freud explica? Sim, Freud explica. E explica muito. Talvez explique tudo.

Ouçam o áudio da irmã do miliciano Adriano da Nóbrega:

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