
O ex-juiz parcial e suspeito Sérgio Moro, vulgo “marreco de Maringá”, já entrou para a história do Brasil por seus crimes processuais, cometidos na operação Lava Jato em conluio com seus comparsas do Ministério Público, crimes esses que, além de levarem o fascismo ao poder, também levaram empresas nacionais à falência e provocaram o desemprego de milhões de trabalhadores.
Agora o marreco parece que está inaugurando uma outra modalidade de quebradeira: a quebradeira de partidos políticos. Depois de ficar 4 meses no Podemos, partido pelo qual pretendia disputar a Presidência da República, o marreco acaba de anunciar sua desfiliação do partido. Moro acaba de se filiar ao partido ultradireitista União Brasil, resultante da fusão do PSL com o DEM, e que tem como caciques Luciano Bivar e ACM Neto. Moro já é tratado como “traidor” por diversas lideranças do partido que lhe abriu as portas. Nos quatro meses em que esteve no Podemos, o partido calcula que desembolsou cerca de 3 milhões, incluindo salários pagos ao próprio Moro (ele recebia 22 mil mensais para ser candidato), viagens, hospedagens, segurança, pesquisas de intenção de voto, dentre outros. Agora, Moro deixou o Podemos para trás depois de fazer o partido gastar cerca de 3 milhões com aquilo que seria apenas o início de sua campanha. O marreco, que já era quebrador de empresas, está se tornando um quebrador de partidos.
Mas há uma grande possibilidade é de o próprio marreco vir a ser “quebrado”. Isso porque existem alas do União Brasil que querem vê-lo fora do partido. E uma dessas alas hostis ao marreco é liderada por ninguém menos que ACM Neto, um dos donos do partido. O grupo de ACM Neto no União Brasil é fortíssimo e esse grupo entende que o ingresso de Moro na legenda não poderia ocorrer na condição de Moro ser pré-candidato à presidência da República. Ou seja, mal chegou no União Brasil e Moro já começa a ser rejeitado por aqueles que seriam seus próprios pares.
Depois de dar um prejuízo de 3 milhões ao Podemos, que está se sentido traído pelo marreco, agora Moro corre o risco de nem ser candidato. Ele já havia desistido. Voltou atrás e se filiou ao União Brasil, alegando que o partido tem mais estrutura para sustentar uma candidatura à Presidência da República. Mas já está sendo rejeitado. O antigo juiz, acostumado a fazer o que bem entendia à margem da lei e sem respeitar o devido processo legal, deve estar pensando que em um partido cheio de raposas ele, sem a caneta na mão e sem a mídia a seu favor, vai fazer o que bem entender. Talvez fosse melhor o marreco ir pensando em arranjar outro emprego, porque do jeito como as coisas estão pode ser que ele não consiga legenda nem mesmo para deputado federal. Isso porque o grupo de ACM Neto quer impugnar a filiação do marreco ao União Brasil. Aí, parafraseando o que muitos babacas disseram em um passado não muito distante, teríamos “o Moro sem foro”. Quá!