
“Moro e Bolsonaro: Vejo uma coisa só.” (Rosângela Moro, mulher do ex-juiz parcial Sérgio Moro, em fevereiro de 2020).
O ex-juiz parcial Sérgio Moro, que se apresenta como uma das imaginárias “terceiras vias”, na verdade representa o “bolsonarismo sem Bolsonaro”. Ele agiu politicamente, travestido de toga, pela vitória de Bolsonaro; ele ganhou como prêmio por seu ativismo político a favor do fascista o cargo de ministro da Justiça; ele defende as pautas reacionárias do bolsonarismo, como o “Escola Sem Partido”, que pretende amordaçar os professores; ele criticou o STF, ao dizer que a Corte foi “longe demais” no inquérito contra bolsonaristas; ele tem o apoio do MBL e do Vem Prá Rua, entidades ultra-direitistas. Como bem disse a própria mulher do ex-juiz parcial: Moro e Bolsonaro são uma coisa só. E o próprio eleitor já percebeu isso.
Pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgada nesta quinta-feira, 27 de janeiro, mostra que, em um imaginário segundo turno entre Bolsonaro e Moro, ambos seriam derrotados pelos votos nulos e em branco. Evidentemente que, em um segundo turno, haveria um vencedor. E a pesquisa Ipespe mostra que, em um suposto e improvável segundo turno entre Moro e Bolsonaro, o ex-juiz parcial venceria o Bozo por 35% a 28%. Mas o primeiro colocado nesse imaginário pleito seria a alternativa “brancos e nulos”, com 37%.
Moro é Bolsonaro e Bolsonaro é Moro e, assim, os altos índices de rejeição a Bolsonaro, evidentemente se transferem para aquele que é um grande representante do bolsonarismo. Por isso, os resultados da pesquisa mostram o quão rejeitado Moro também é. Claro que ninguém, nem eles próprios, esperam um segundo turno entre Bozo e o ex-juiz parcial. Mas o levantamento da pesquisa foi importante para mostrar o quanto são rejeitados, o quanto representam a mesma coisa e o quanto ilegítimos são. O miliciano e seu capanga perderiam até para brancos e nulos. Fala aí Merval Pereira!