
Hoje será oficialmente celebrada a filiação de Bolsonaro ao PL, partido que integra o Centrão e que tem como dono Valdemar Costa Neto. Ou, como prefere dizer a “noivinha do Aristides”, será um “casamento”, logo depois do “noivado”. Não faz muito tempo que Bolsonaro afirmou que “o Centrão é o que há de pior na vida política”. E que o general Heleno cantarolou, arrancando risos e aplausos: “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”. Ou seja, chamou o Centrão de “ladrão”. Agora Bolsonaro formaliza sua rendição ao Centrão, do qual será refém até o final de seu mandato. Isso, se não for abandonado antes.
A ida de Bolsonaro para o PL do mensaleiro e ex-presidiário Valdemar Costa Neto será mais uma das muitas siglas partidárias pela qual aquele que se apresentou como candidato “antissistema” já passou: Bolsonaro já foi do PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.
Roberto Jeffrerson, o “impoluto” aliado de Bolsonaro, deve estar se sentindo traído. Puxou uma cadeia após vomitar discursos fascistas contra o STF, só para lamber o saco do seu chefe energúmeno. E chegou até a mudar a logomarca e as cores do PTB, partido do qual é dono, só para atrair Bolsonaro para a sua sigla. Mas, entre os dois presidiários, Bolsonaro preferiu o Valdemar. É bom lembrar que, em 2018, em uma postagem no Twitter, Bolsonaro chamou Valdemar Costa Neto de “corrupto e condenado”. Porém, o amor acabou falando mais alto.
O início da semana foi mesmo muito agitado para o Bozo. No dia seguinte após ser revelada a história da “noivinha do Aristides”, ele se casa com o Centrão, magoando Roberto Jefferson. Haja coração!