BOLSONARO, DE NOVO, CAGOU PARA A LISTA TRÍPLICE

Bolsonaro já anunciou que indicará novamente, para um mandato de mais dois anos, Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. Na verdade, Aras tem sido um verdadeiro “engavetador” ou “blindador” de todas as denúncias dos crimes de Bolsonaro e a sua recondução não chega a ser surpresa. Ao reconduzir Augusto Aras ao cargo de procurador-geral Bolsonaro, mais uma vez, ignorou a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República, visto que, em 2019, ao ser indicado pela primeira vez por Bolsonaro, Aras estava fora da lista.

A indicação de um nome da lista tríplice é fundamental para que o procurador-geral seja independente e já está provado que, sem independência, o procurador se transforma em “engavetador”, como é o caso de Aras. Embora seja um direito constitucional do Presidente nomear o procurador-geral, a tradição, quebrada por Bolsonaro, mostra que, desde Lula, todos os presidentes indicaram um nome constante na lista tríplice. E é bom que se recorde que apenas Lula e Dilma nomearam o primeiro lugar da lista. Isso mostra quem, de fato, se preocupava com uma PGR independente e realmente apurando, ao invés de engavetar.

Na lista tríplice enviada a Bolsonaro, a mais votada foi a subprocuradora Luiza Frischeisen, que teve 647 votos da categoria. Masd Bolsonaro, dessa vez, não teve o intestino preso e “cagou” mais uma vez para a lista. Se Bolsonaro desejasse mesmo uma PGR independente, ela teria sido a escolhida. Com Aras sendo reconduzido ao cargo, a PGR continuará sendo um braço do fascismo bolsonarista.

Mas a indicação está nas mãos do Senado, que irá sabatinar Aras e aprovar ou não sua indicação. E o Senado não pode se esquecer de que será o procurador-geral da República que dará andamento ou não aos crimes do governo Bolsonaro que estão sendo escancarados na CPI do genocínio. Ou seja, se aprovar o nome de Aras, o próprio Senado irá jogar a CPI pelo ralo visto que, como é esperado, Aras não aceitará qualquer denúncia contra Bolsonaro e sua camarilha. Claro que Aras não terá, como nunca teve, independência. Claro que Aras continuará blindando Bolsonaro. O próprio Aras já vem sendo investigado na PGR por suas omissões.

Agora, com a indicação de Aras o Senado tem, pelo bem dos país, tem duas missões fundamentais: repudiar o pastor fascista-fundamentalista para o STF e repudiar o engavetador bolsnarista para a PGR. Ou será que o Senado, mais uma vez, será cúmplice de Bolsonaro?

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