

O ex-ministro bolsonarista da Saúde, Eduardo Pazuello, que já entrou para a história com a alcunha de “general fujão”, mostrou que a laia fascista-bolsonarista é hipócrita ao extremo. Na verdade, o que eles pedem para os outros não é o que eles querem para eles.
Primeiro, o STF. Desde o ano passado que os bolsonaristas vão às ruas para pedir o fechamento da Suprema Corte. Pois foi justamente ao STF, que os bolsonaristas pedem para ser fechado, que o general fujão, todo borrado, recorreu para pleitear um dos mais sagrados direitos constitucionais – o habeas corpus.
Mas aí já vem outra contradição, porque a mesma horda fascista que pede o fechamento do STF, também pede a volta do AI-5, como já foi por diversas vezes visto em manifestações de bolsonaristas pelo Brasil afora. Ocorre que o AI-5, o instrumento que praticamente oficializou a ditadura no Brasil, previa o fim do habeas corpus, exatamente o direito que o general fujão bolsonarista foi pleitear no STF.
Em resumo: eles querem o fechamento do STF, mas recorrem ao STF. Eles são a favor da volta do AI-5, mas querem usufruir de um direito que o AI-5 aboliu. Afinal, o que eles querem? Aliás, não vi nenhum bolsonarista pedir o fechamento do STF e nem ameaçar o ministro Ricardo Lewandowski depois que ele concedeu o habeas corpus para que o general fujão se cale na CPI do genocídio. Não é difícil de entender a “lógica” do gado asinino-bolsonarista: quando os favorece, eles são a favor das instituições. Quando os contraria, eles são contra. É bem provável que, pelo visto, e levando-se em consideração o que as pesquisas estão mostrando, que em 2022 os bolsonaristas tomem as ruas pedindo o fim do cargo de Presidente da República.