VERGONHA: CIENTISTAS ESTRANGEIROS DENUNCIAM ATAQUE À CIÊNCIA NO BRASIL

Mais um vexame internacional para o Brasil o que, infelizmente, não chega a ser novidade. Acaba de ser divulgada uma carta assinada por mais de 200 cientistas de diversas nacionalidades denunciando que a ciência no Brasil está sob ataque no governo Bolsonaro. Dentre os signatários do documento, intitulado “Carta aberta em solidariedade à ciência no Brasil”, estão três ganhadores do Prêmio Nobel. São eles: Michael Mayor, ganhador do Nobel de Física de 2019; Peter Ratcliffe, ganhador do Nobel de Medicina de 2019 e Charles Rice, vencedor do Nobel de Medicina de 2020. Na carta, são denunciados vários exemplos de ataques à ciência feitos pelo governo Bolsonaro, como cortes de verbas, perseguições a cientistas e proliferação de informações falsas sobre a Covid-19. Em um dos trechos, os cientistas estrangeiros se solidarizam com seus colegas brasileiros e com o povo brasileiro.

É necessário lembrar que em 2018 a SBPC (Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência) convidou os três candidatos a Presidente da República com melhores colocados nas pesquisas para participarem de sua reunião anual, onde pretendiam ouvir os planos dos candidatos para a Ciência. O único que se recusou a participar foi Bolsonaro, mesmo depois de ter sido chamado por duas vezes. Ao se recusar a participar de evento da SBPC para mostrar suas metas para a ciência, Bolsonaro já dava mostras de que sua meta era mesmo destruir a ciência no Brasil.

A carta assinada por mais de 200 cientistas estrangeiros, e que deveria envergonhar a qualquer brasileiro, fala do negacionismo, da minimização de Bolsonaro em relação à Covid-19 e cita até a estapafúrdia e lamentável oposição de Bolsonaro à vacinação, lembrando que Bolsonaro disse que quem tomasse a vacina poderia “virar jacaré”. Enfim, uma vergonha que tem todas as digitais de quem votou e ainda apoia esse genocida psicopata que, no fundo, sofre mesmo é de inveja intelectual.

Abaixo, a íntegra da carta, que representa mais uma vergonha mundial do criminoso governo de Jair Bolsonaro e seus comparsas:

Carta Aberta em solidariedade à ciência no Brasil

“Terça-feira, 6 de abril de 2021: o Brasil contabilizou 4.195 mortes ligadas à Covid-19. Ao todo, mais de 340 mil brasileiros já morreram desde o começo da pandemia. Se o coronavirus atinge todos os países do mundo, a amplitude da crise sanitária no Brasil não pode ser dissociada da gestão catastrófica do presidente Jair Bolsonaro. Ele deve ser denunciado por suas ações, que não apenas fez explodir o número de vítimas, mas acentuou a desigualdade no país.

Em várias ocasiões, o presidente da república do Brasil qualificou a Covid-19 como “uma gripezinha”, minimizando a gravidade da doença. Criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e a utilização de máscaras, e provocou inúmeras vezes aglomerações populares. Defendeu pessoalmente o uso da cloroquina, apesar de cientistas terem advertido sobre os efeitos tóxicos de sua utilização. Os pesquisadores que publicaram estudos científicos demonstrando que a utilização do medicamento aumentava o risco de morte de pacientes com Covid foram ameaçados no Brasil. Bolsonaro igualmente desencorajou a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformar em “jacaré”. Entre o negacionismo, a proliferação de informações falsas e os ataques contra a ciência em plena crise sanitária, Bolsonaro mudou quatro vezes de ministro da Saúde.

A ciência no Brasil está sob fogo cruzado. De um lado, cortes orçamentários que golpeiam a pesquisa e ameaçam o trabalho de cientistas; de outro, a instrumentalização da ciência para fins eleitorais, como mostram as declarações do presidente. Não é possível esquecer também os ataques de Bolsonaro ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), num contexto alarmante de altos níveis de desmatamento na Amazônia.

Negando a ciência, Bolsonaro não apenas atinge a comunidade científica, mas a sociedade brasileira em sua totalidade. Os números da devastação desde o início da pandemia só faz aumentar; de acordo com os dados da Fiocruz, quase 92 novas cepas de coronavirus foram identificadas, transformando o país numa verdadeira usina de variantes, e a estas estatísticas deve-se acrescentar os impactos sobre o meio-ambiente, sobre povos tradicionais da Amazônia e sobre o clima em todo o mundo.

Neste contexto de crise sanitária, agravamento da desigualdade e mudança climática, este tipo de comportamento é inaceitável e o presidente deve ser responsabilizado por seus atos. Estamos preocupados com o agravamento da crise no Brasil e os ataques à ciência. Nesta carta aberta, queremos manifestar nossa solidariedade com nossos colegas no Brasil, cuja liberdade está ameaçada. Manifestamos igualmente nossa solidariedade com a população brasileira, que vem sendo diariamente afetada por esta política destruidora.”

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