
“A corrupção de Moro” é o título do artigo de Bernanardo Mello Franco publicado no Globo de hoje, um dia após o Supremo Tribunal Federal declarar que o ex-juiz e ex-ministro bolsonarista Sérgio Moro foi parcial no julgamento de Lula. É sintomático que um jornal, que sempre defendeu Moro e os crimes por ele cometidos, traga em suas páginas um artigo com esse título no dia seguinte ao Supremo ter declarado Moro parcial no julgamento de Lula. Mas não havia outro jeito. As provas de que Moro foi parcial, ilegal e imoral, além de fartas, são de uma “solar clareza”, para usar a expressão do ministro Nunes Marques, que ainda tentou, com sua metáfora, tapar essa clareza com a peneira para safar o xerife da agora finada República de Curitiba.
A injustiça foi reparada, mas os danos causados pelos crimes de Moro jamais serão revertidos. O Supremo até demorou para se pronunciar sobre o que era clarividente. Mas o corrupto, parcial e criminoso ex-juiz deve pagar pelos crimes que cometeu contra o Judiciário, contra o Estado de Direito e contra a democracia. Porém, apesar de a injustiça cometida contra Lula ter sido reparada, os danos criminosos de Moro são irreparáveis.
Mas declarar Moro parcial não é suficiente. Porque juiz parcial é “juiz ladrão”. O corrupto, parcial e criminoso ex-juiz Moro deve pagar pelos crimes que cometeu contra o Judiciário, contra o Estado de Direito e contra a democracia. Tanto ele como seus comparsas do Ministério Público, que transformaram instituições que deveriam servir à sociedade em verdadeiras organizações criminosas, devem ir para a cadeia. Moro e toda a quadrilha chefiada por ele devem ser presos, para o bem da justiça e da democracia.
O “mito Moro” acabou. E acabou no lodo fétido e subterrâneo que ele próprio e seus comparsas como Dallagnol e Cia. criaram. Que seja o início de um caminho para que outro chamado “mito”, beneficiado pelos crimes de Moro, também acabe.