
A elite midiática que apoiou tanto o golpe de 2016 como a eleição de Bolsonaro em 2018 já começa a pular do barco e a tese do impeachment do genocida começa a ganhar corpo. Agora foi a vez da Folha de São Paulo. A manchete principal da Folha nesta sexta-feira, 22 de janeiro, é:
“Colapso em Manaus e a derrapada na vacinação fortalecem base jurídica para impeachment de Bolsonaro”.
O jornal paulista chegou a listar 23 crimes de responsabilidade que teriam sido cometidos por Bolsonaro e que, segundo o jornal, fortalecem a base jurídica para o impeachment do fascista. A situação de Manaus e da vacinação seria apenas um desses crimes.
A adesão da Folha à tese do impeachment mostra que a elite que apoiou Bolsonaro começa a sair fora da própria arapuca em que se meteu. O Estadão e o Globo, outros veículos da elite midiática e apoiadores do golpe de 2016, também já se manifestaram favoravelmente ao impeachment. Some-se a isso os cerca de 60 pedidos de impeachment que Rodrigo Maia, omisso e covarde, acabou sentando em cima. Mas faltando pouco para deixar a Presidência da Câmara, Maia afirmou que será “inevitável discutir o pedido de impeachment”. Se é “inevitável”, então por que Maia evita?
Estão marcadas para amanhã, 23 de janeiro, carreatas por todo o Brasil em defesa da vacinação e do impeachment de Bolsonaro. Para aqueles que diziam que era preciso a manifestação vinda das ruas para que houvesse o impeachment, não faltará praticamente mais nada. Crimes existem de sobra e o povo começará a tomar as ruas. Será que nos poucos dias que lhe restam na Presidência da Câmara, Rodrigo Maia terá a coragem e a dignidade de pautar o impeachment? Até porque ele já percebeu que a elite e o “mercado” que ele tanto defende já estão se manifestando pela saída do fascista genocida. Aguardemos. Fora Bolsonaro!