
“O PT quebrou o Brasil.” (Fala recorrente de coxinhas e bolsonaristas).
“O Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada.” (Jair Bolsonaro, em 5 de janeiro de 2021).
“O Brasil quebrado” é um discurso que vem desde o golpe de 2016. Quando Temer e seus comparsas deram o golpe, falaram que “O PT quebrou o Brasil”. Temer ia consertar. Agora Bolsonaro, em mais uma confissão de incompetência, diz que “o Brasil está quebrado e nada pode fazer”. Resta saber quem quebrou o Brasil dessa vez. A culpa ainda é do PT?
Em mais uma sessão de besteiras vomitadas para a sua boiada, Bolsonaro, com sua covardia habitual, quer buscar “culpados” para seu desastroso governo e para a sua inépcia diante dos grandes problemas nacionais. Mas parece que dessa vez há mais “culpados” do que o PT. O Congresso, que não o permite realizar o que deseja, e a mídia, que agora já tem a capacidade de “potencializar” um vírus, foram novamente colocados na berlinda por Bolsonaro.
Essa história de “Brasil quebrou” não será bem recebida por investidores estrangeiros. Quem investirá em um país quebrado? Mas será que é mesmo assim? Porque no Brasil de Bolsonaro, na hora de dar nababescos aumentos para os militares, querer isentar as igrejas de seus aliados dos impostos devidos e não cobrar dívidas milionárias de empresários que são seus apoiadores, aí o Brasil não está quebrado.
Bolsonaro sabe o que o espera. Ele cometeu verdadeiros crimes. E nada tem a ver com o fato de ser de extrema-direita. Ele brincou com a pandemia. Ele brincou com a vacina. Coisas que outros líderes de extrema-direita como ele não fizeram. Nos Estados Unidos, o ultradireitista Trump já está vacinando a sua população. Na Hungria, governada pelo fascista Orbán, a vacinação também já está rolando, o mesmo acontecendo na Polônia. Israel, do grande aliado de Bolsonaro Benjamim Netanyahu, já está não apenas vacinando sua população como tomando medidas exemplares de prevenção ao vírus. Ao se atrasar na vacinação, o Brasil também se atrasará na retomada da economia. Some-se a isso o fim do auxílio emergencial, que trará consequências trágicas para milhões de brasileiros. Então, chegou a hora de encontrar os “culpados”.
Como Bolsonaro nunca trabalhou (seja como militar, como deputado e agora como Presidente), ele já busca culpados para sua incompetência e fala em “quebradeira”. Ele justificou o alto nível do desemprego colocando a culpa nos trabalhadores, dizendo que grande parte deles “não sabe fazer nada”. Mas no meio de todas as sandices de Bolsonaro no dia de ontem, parece ter escapado um ato falho. No melhor “estilo Zagallo”, Bolsonaro tentou provocar seus opositores, dizendo: “Vão ter que me engolir até o fim de 2022”. Até o fim de 2022? Foi ele quem disse. Nós ouvimos. E Freud explica.