
“Temer já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso não vai roubar não”. (Jair Bolsonaro, em 20 de fevereiro de 2018).
Uma mudança poderá ocorrer em breve no primeiro escalão do desastroso governo Bolsonaro. O golpista Michel Temer poderá tornar-se o novo ministro das Relações Exteriores, no lugar do escalafobético e energúmeno Ernesto Araújo. Ele já teria até sido sondado por assessores diretos de Bolsonaro, que lhe acenaram a proposta de assumir o comando do Itamaraty. A notícia da possibilidade de Temer assumir o Ministério das Relações Exteriores vem, desde ontem, sendo noticiada por várias mídias digitais. Hoje o jornalista Lauro Jardim confirmou a sondagem em sua coluna.
A entrada de Temer no governo fascista de Bolsonaro teria duas finalidades: a primeira seria usar Temer e suas “habilidades políticas” para destravar a articulação do governo com o Congresso e com partidos políticos. E também, como chanceler, fazer a ponte para as futuras relações com o presidente eleito dos EUA, Joe Biden. Essa segunda missão que seria dada a Temer mostra que Bolsonaro, além de cair na real em relação à derrota de seu ídolo Donald Trump, mostra que não há ninguém do seu núcleo capacitado para as futuras relações com os EUA.
Depois de se ajoelhar ao Centrão e estar comendo nas mãos das prostitutas do Congresso, agora Bolsonaro vem pedir socorro àquele que um dia chamou de ladrão. Centrão, Temer e Bolsonaro: tudo a ver em nome da “nova política” na qual os patos amarelos acreditaram. “Tem que manter isso, viu?”…