
“Um governo mobilizado para defender FB” é o título da coluna do jornalista Guilherme Amado publicada nas páginas 26 e 27 da revista Época, que vai às bancas em 14 de dezembro. A matéria, embasada em dois documentos revelados pelo jornalista, mostra que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) atuou em favor de Flávio Bolsonaro, produzindo relatórios que davam orientações ao filho do Presidente da República no inquérito em que responde sobre desvio de dinheiro público, formação de quadrilha e corrupção. Ou seja, a ABIN, um órgão de Estado, atuou em favor de Flávio Bolsonaro. Os documentos obtidos pelo jornalista são reconhecidos como autênticos até mesmo pela defesa de Flávio. Ou seja, está provado que a ABIN foi usada para melar as investigações que envolvem o clã Bolsonaro e o miliciano Queiroz. Não é por acaso que o diretor da ABIN seja Alexandre Ramagem, aquele mesmo que Bolsonaro tentou emplacar como diretor geral da Polícia Federal, visando ter o controle da mesma. Essa não precisa nem ligar os pontinhos. Está claro o escândalo, está claro mais um crime de responsabilidade do governo fascista de Bolsonaro. Depois dessa, o Alexandre Ramagem não pode nem mesmo permanecer à frente da ABIN.
Os relatórios da ABIN visando defender Flávio Bolsonaro sugerem até mesmo a demissão de funcionários de carreira da Receita Federal. Esse é, sem dúvida, um dos maiores escândalos do governo Bolsonaro. Imaginem a ABIN orientando a defesa de Flávio Bolsonaro. É inaceitável sob todos os aspectos e certamente é um dos crimes mais graves de Bolsonaro e passível de impeachment. Mas, infelizmente, o covardão do Rodrigo Maia não vai aceitar um pedido de impeachment, como já “fez e andou” para os outros, apesar dos inúmeros crimes de Bolsonaro. Aconteceram até reuniões no Palácio do Planalto, com a presença de Bolsonaro e do general Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
A Procuradoria-Geral da República já foi acionada por diversos partidos políticos, de diferentes matizes ideológicos, exigindo uma rigorosa investigação. Augusto Aras disse que vai investigar. Será? Esse escandaloso episódio mostra que Bolsonaro sempre pretendeu usar os órgão de Estado em defesa dos crimes cometidos por ele e sua família. Os crimes de Bolsonaro já ultrapassaram todos os limites e só faltava mesmo a desmoralização da ABIN. Todos os envolvidos devem explicações: Bolsonaro, o general Heleno, Alexandre Ramagem e aqueles que fizeram os documentos orientando a defesa de Flávio. Já não resta mais nenhuma dúvida de que estamos diante de um governo criminoso e que comete ainda mais crimes para defender sua família quadrilheira. Não podemos deixar que a ABIN se transforme em um “escritório do crime” da família Bolsonaro!