MORO VAI “ACON$ELHAR” ODEBRECHT

Sérgio Moro anunciou, nesta semana, sua nova atividade: ele vai ser sócio da empresa de consultoria internacional Alvarez & Marsal. A empresa da qual Moro tornou-se sócio é administradora judicial da Odebrecht, empresa que foi investigada pelo próprio Moro em seus tempos de juiz lavajatista. Moro atuará prestando consultorias às empresas que quebraram com a própria Lava Jato e o ex-juiz afirmou que não vê qualquer conflito de interesses em sua nova função. Não chega a surpreender. Ele também não via conflito de interesses quando, como juiz, dava conselhos para procuradores dos processos que julgava. Ele também não via conflitos de interesses quando condenou o primeiro colocado na pesquisa eleitoral, beneficiou Bolsonaro e, logo em seguida, tornou-se ministro do governo fascista que ajudou a alavancar ao poder. Agora ele também não vê conflito de interesses atuando como consultor de empresas falidas que ele próprio ajudou a quebrar.

Não é de hoje que que os protagonistas da Lava Jato querem é “ganhar o deles” com a operação. Dallagnol, em um dos diálogos divulgados pelo The Intercept, falava em monetizar e criar uma empresa. Agora, Moro torna-se sócio de uma. Tudo “sem conflito de interesse”. Isso faz lembrar a família Bush, quando invadia e destruía países como Iraque e Afeganistão e, depois, empresas da família, de amigos e até do vice-presidente dos EUA, eram contratadas a preços bilionários para reconstruir tudo o que eles próprios haviam destruído.

Moro agora vai ensinar e ajudar as empresas a “fazer a coisa certa”. “Sem conflito de interesses”. Exatamente o que ele nunca fez quando juiz. Conta outra!

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