BOLSONARO HUMILHA GENERAL PAZUELLO

“Os generais estão entregando sua dignidade para um débil mental.” (Renato Rovai, jornalista e editor da revista digital Brasil 247).

O general Eduardo Pazuello, que aceitou o papel de ser um fantoche no Ministério da Saúde para dizer “amém” a todas as sandices e loucuras de Bolsonaro, acaba de sofrer uma humilhação pública, ao ser desmentido e desautorizado por Bolsonaro sobre a compra de 46 milhões da vacina que está sendo produzida no Instituto Butantan, em parceria com a China.

Pazuello havia assinado o protocolo de intenção para a compra dos 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, tendo anunciado a compra em reunião com os governadores. Disse Bolsonaro, ao saber do anúncio feito pelo general:

 “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre Covid-19“.

Mais uma vez, negando todos os protocolos científicos e agora mostrando todo o seu negacionismo em relação à vacina, Bolsonaro acena para a sua boiada de apoiadores, dizendo que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”.

Tudo isso, no mesmo dia em que Kassio Nunes, seu indicado para o STF, está sendo sabatinado e será aprovado pelo Senado para ocupar a cadeira no Supremo. Assim, ele volta a tomar uma medida que inflama os seus fanáticos seguidores, especialmente se tratando de uma afirmação que diz que os brasileiros não serão cobaias de vacina dos chineses. Era o que faltava para Bolsonaro ter de volta a sua horda de energúmenos, que estavam insatisfeitos por causa da nomeação para o STF. Claro que Bolsonaro diz que não comprará a vacina só pelo fato de ela ser resultado de parceria com a China.

E, para isso, Bolsonaro não pestanejou em desmoralizar publicamente o general Pazuello que, diga-se de passagem, aceitou manchar seu nome e do Exército Brasileiro, ao aceitar fazer o ridículo papel de “ministro” da Saúde. O general já tinha, em seu papel de fantoche, chancelado a liberação da cloroquina, o que não tinha comprovação científica. Agora, ao anunciar a compra da vacina, essa sim com comprovação científica, é atropelado de forma desmoralizante pelo capitão reformado Jair Bolsonaro.

Se ainda restar uma gota de dignidade ao general Pazuello, ele deveria demitir-se imediatamente. Não iria apagar o mal que ele se prestou a fazer, na condição de fantoche, à saúde do povo brasileiro. Mas certamente seria uma resposta à altura pela desmoralização pública que acaba de sofrer.

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