A conclusão é da própria Polícia Federal: não existe qualquer prova na delação feita por Antônio Palocci contra o ex-Presidente Lula. A acusação feita por Palocci de que o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, administrava propinas para Lula é absolutamente falsa e ainda foi desmentida por todas as demais testemunhas e colaboradores da Justiça. Além das testemunhas, as investigações levadas adiante pelo delegado Marcelo Daher concluíram, nas palavras do próprio delegado, que Palocci teria tirado tudo de “pesquisas da internet e notícias de jornais.”

Essa delação, cujo conteúdo agora a Polícia Federal diz ser mentiroso, é aquela que o então juiz Sérgio Moro vazou às vésperas da eleição de 2018, com o objetivo de prejudicar o candidato do PT, Fernando Haddad, e favorecer Jair Bolsonaro. Esse vazamento às vésperas da eleição, com finalidade exclusivamente política, foi mais um dos crimes cometidos por Moro. E agora, a própria Polícia Federal concluiu que tudo era mentira. Mas o estrago feito por esses pulhas já está consumado.

Com sua delação mentirosa e vazada por Moro faltando apenas seis dias para a eleição, Palocci ganhou o benefício da prisão domiciliar. Divulgada criminosamente por Moro às vésperas da eleição, o PT acabaria prejudicado no pleito pela interferência de um juiz político e parcial. E agora, quase dois anos depois, a Polícia Federal conclui que Palocci não tem provas de nada e ainda foi desmentido por todos os demais colaboradores.

Agora Palocci provavelmente será processado por denunciação caluniosa. Enquanto isso, Moro brevemente terá sua parcialidade, que sempre foi nítida, julgada pelo STF. Um mentiu. O outro divulgou a mentira com fins políticos. Porém, se ambos forem condenados, ainda será quase nada para os crimes que essa dupla cometeu contra a democracia brasileira.