
Ontem o Tribunal de Contas da União fez uma revelação que corrobora o genocídio praticado por Bolsonaro e seus comandados, especialmente o general-fantoche que aceitou a “missão” de servir como cartório dos crimes de Bolsonaro. Segundo o TCU, dos quase 39 bilhões de verbas emergenciais previstos para o combate à pandemia, o governo só gastou 11,4 bilhões. Ou seja, só foram gastos pouco mais da quarta parte dos recursos. O TCU agora quer explicações. Isso, no mesmo dia em que o total de mortos pela Covid-19 no Brasil chegou a quase 83 mil. Só para termos uma ideia, o número de mortos hoje no Brasil é igual ao número de mortos no mundo em 8 de abril. Esses dados, por si só, já seriam suficientes não apenas para um impeachment de Bolsonaro, mas também pela responsabilização de genocídio. O Gilmar Mendes, queiram ou não, fiquem os militares melindrados ou não, estava certo ao afirmar que “o Exército se associou a um genocídio”. E a revelação do TCU só reforça a declaração que tanto incomodou os militares.
Desde sempre Bolsonaro virou as costas para a pandemia: brincou, ridicularizou, politizou, negou e ainda fazia questão de afrontar o bom senso, a ciência e até as leis: ele causou aglomerações, não usou máscara, afrontou a OMS, foi contra o isolamento, “receitou” cloroquina e ainda despachou ministros que não aceitaram chancelar os seus crimes contra saúde pública. Agiu apenas para inflamar a sua horda “cristofascista” e o resultado aí está.
A atuação genocida de Bolsonaro tem evidências de que foi deliberada. Os dados do TCU mostram que, além de só ter gasto 11,4 dos 39 bilhões destinados à pandemia, “coincidentemente” o torniquete de verbas foi ainda mais apertado para os estados governados por desafetos políticos de Bolsonaro. E, também “coincidentemente”, esses estados apresentam um maior número de mortos.
Agora, o TCU quer explicações. A sociedade brasileira também. E, quiçá, o Tribunal Penal Internacional.