
A declaração assassina do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, feita em um vídeo quando anunciou que decretaria a abertura do comércio da cidade baiana no dia 9 de julho, “morra quem morrer”, apesar de estarrecedora e criminosa, não é uma exceção. Desde a “gripezinha” e o “e daí?” de Bolsonaro, que a senha para o negacionismo da pandemia e as atitudes genocidas foi dada. Pior: nem estamos com a tal curva na descendente.
No Rio de Janeiro, contrariando as maiores autoridades médicas e sanitárias do país, o prefeito-pastor Crivella iniciou uma flexibilização que, de forma temerária, está antecipando etapas. Para completar, chega hoje a notícia de que Bolsonaro vai vetar a lei aprovada pelo Congresso que obriga o uso de máscaras em lojas, igrejas e escolas.
Mas não apenas as autoridades estão tendo posturas genocidas. Porque boa parte da população está tendo postura suicida. Ontem, primeiro dia de bares reabertos no no Rio, não bastou ir beber uma cerveja de forma discreta e segura. Tinha que ter aglomeração. E, de preferência, já legitimando o veto de Bolsonaro, aglomeração com todos desprovidos de máscaras de proteção. É o que pode ser visto claramente na imagem que abre este artigo. Não é à toa que o Brasil tem sido visto no exterior como o grande perigo na pandemia. O vírus, ainda não o conhecemos suficientemente. Já as pessoas…