
A atitude da deputada bolsonarita Carla Zambelli, ao apagar vários tuítes onde defendia o “currículo” do novo ministro da Educação sendo que, em um deles, mandava um recado-desafio para a deputada Tábata Amaral, do PDT, deveria servir de exemplo para todos os bolsonaristas envolvidos no escândalo das fake news, a começar por ela própria. Zambelli havia postado uma saraivada de tuítes, tão logo Carlos Dacotelle foi nomeado ministro da Educação, exaltando o “currículo” de Dacotelle e, em um deles, desafiando a deputada Tábata Amaral a criticar o novo ministro. Mas o novo ministro não tinha pós-doutorado. Era fake news. O novo ministro também não tinha doutorado. Também era fake news. Quando as falsas titulações do novo ministro começaram a ser divulgadas, então ela apagou os tuítes. Porque ela foi informada de que as informações declaradas pelo ministro eram fakes. Isso sem falar na acusação de plágio de sua dissertação de mestrado, o que mostra que a credibilidade do novo ministro já acabou antes mesmo de ele começar.
A deputada bolsonarista ainda acrescenta em uma de suas postagens que Dacotelli não precisou de cota para conseguir aquele currículo. É verdade. Porque, até onde sabemos, não é preciso de cota para mentir.
O ato da deputada bolsonarista Carla Zambelli deveria servir de parâmetro para todos os bolsonaristas que, como ela, estão envolvidos no inquérito das fake news. Ou seja, se sabe que é mentira, então apaga. Teria que ser assim sempre. Enquanto ficou no ar, um dos tuítes teve quase 900 compartilhamentos, mais de 1600 comentários e mais de 400 reações positivas. Isso porque foi tirado do ar. Dá para imaginar, além do alcance, o estrago que uma informação falsa é capaz de fazer.
Mas cabe a pergunta à dona Carla Zambelli: e aí, Zambelli, vai ter coragem de defender o “currículo fake” do novo ministro?