
O ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro, ex- futuro ministro do STF e atual colunista do site ultra-direitista O Antagonista, Sérgio Moro, está sendo o elemento de discórdia da frente pela democracia “Direitos Já”. O movimento que, teoricamente, congrega todos aqueles que tenham um mínimo de compromisso com a democracia, programou um ato virtual para esta sexta-feita, dia 26.
Mas o convite para que Sérgio Moro, um dos maiores responsáveis pela ascensão do governo fascista com sua parcialidade enquanto juiz, participe da frente pela democracia, está dividindo o movimento. A proposta de convidar Moro para participar do ato foi do deputado federal José Nelto, do Podemos, e foi logo rechaçada por muitos participantes, dividindo o grupo.
O “racha” se justifica pelo fato de que Sérgio Moro, agora funcionário do Diogo Mainardi, é amplamente rejeitado por vários integrantes do movimento. E a rejeição se justifica. Sérgio Moro, com sua parcialidade e ativismo político já mostrados em sua atuação na Lava Jato, condenou Lula sem provas (as “provas” eram frágeis, como o próprio Dallagnol reconheceu em uma das conversas dos porões lavajatistas) e, além de definir a eleição presidencial com sua atuação parcial como juiz, ainda fez parte, por 1 ano e 5 meses, do governo fascista-miliciano que levou ao poder. Depois de definir a eleição de 2018 e perceber que foi usado, desmoralizado e descartado pelo governo fascista do qual participou, ele pulou do barco e agora fala em “democracia”. Depois de servir ao fascismo e chafurdar no esgoto bolsonarista, agora ele tenta mudar a sua imagem. Mas o ex-office boy do Bolsonaro, depois da exposição das entranhas da Lava Jato e de sua participação no governo miliciano, não tem qualquer credencial para falar em “democracia”.
Rejeitado no “Direitos Já” Moro tem, no entanto, uma alternativa: que faça a sua “live pela democracia” junto com o Diogo Mainarni, seu novo patrão. E, de quebra, poderia chamar o Merval Pereira. Fica a dica, marreco!