PARA TRUMP, BOZO É PÓ DE TITICA

O tal do “mito” não passa mesmo é de um mitomaníaco. Aliás, como muitos dos (ainda) defensores dele. A tal “amizade com a família Trump” é igual à tal “aliança estratégica com os EUA”, que seria firmada no governo Bolsonaro. Nunca passaram de meros delírios. Mas Trump, mesmo com Bolsonaro tendo mandado um sonoro “Y love you” para ele, não tem tempo a perder com seus vassalos insignificantes. O Brasil, e muito menos Bolsonaro, jamais foram assuntos relevantes para Trump em se tratando de segurança. Pelo menos é o que nos revela o livro de John Bolton, ex-assessor de Trump para assuntos de segurança.

No livro, intitulado “Na Sala Onde Aconteceu”, o ex-assessor de Trump mostra que, quando se trata de segurança, tanto o Brasil como principalmente Bolsonaro, jamais foram assuntos de importância para o governo Trump. E que tipo de importância poderia ter um “aliado” com submissão ancilar? O próprio Trump tentou bloquear o livro de Bolton, mas a Justiça dos EUA garantiu a sua publicação. Claro que Trump queria que subservientes e vassalos sem nenhuma importância para ele, como o Bolsonaro, continuassem pensando que estão em um “acordo de aliança estratégica”.

O jornalista Kennedy Alencar fez um levantamento de quantas vezes o Brasil e Bolsonaro são citados na obra de Bolton. O Brasil é citado 13 vezes e Bolsonaro apenas 3. Só para termos uma ideia da disparidade, a Venezuela (com quem o próprio Trump já admitiu recentemente dialogar) é citada 347 vezes no livro, e Nicolas Maduro 196. Já a China foi merecedora de 365 citações e o presidente chinês Xi Jinping foi citado 90 vezes. Se o Brasil estivesse mesmo nos planos de Trump para qualquer coisa em relação a segurança e estratégia deveria ter sido citado, ao menos, o mesmo número de vezes que a Venezuela, visto ser o Brasil vizinho do governo desafeto de Maduro.

A tal “parceria” ou o tal “acordo estratégico” com os EUA que Bolsonaro sempre propagou nunca passaram, de acordo com o que se pode perceber pelas citações ao Brasil e a Bolsonaro, de um delírio de Bolsonaro e seu ministro olavista das Relações Exteriores. Pelas citações de países e governantes, dá para perceber que, segundo Bolton, durante todo esse tempo o Trump teve mais o que fazer além de ficar iludindo um mitomaníaco delinquente. Para Trump, Bolsonaro e seus seguidores já são muito úteis ao prestarem continência e desfraldarem a bandeira dos Estados Unidos em manifestações fascistas. Porque, quando a coisa é séria e quando o jogo é mesmo “à vera”, Bolsonaro não passa mesmo é de uma pitada de pó de titica.

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