
Sob o título “Fascismo de Segunda”, a Folha de São Paulo publicou neste dia 26 de maio um Editorial em que repele as agressões e perseguições que os veículos de imprensa vêm sofrendo por parte de Bolsonaro e dos bolsonaristas. Diz o Editorial da Folha que “açuladas pelo presidente, hostes fanáticas põem em risco exercício do jornalismo.”
A publicação do Editorial ocorre no mesmo dia em que a Folha decidiu suspender o envio de seus profissionais ao local reservado para a imprensa em frente ao Palácio da Alvorada, em razão das agressões e hostilidades sofridas pelos jornalistas por parte da turba bolsonarista. Em um trecho, a Folha solidariza-se com o jornalista William Bonner, da Globo, vítima de intimidações por parte dos bolsonaristas:
“A escalada fascista alimentada por gabinetes de ódio que seguem os humores do supremo mandatário se nota em outras ações. Nesta terça (26), o jornalista William Bonner, da TV Globo, relatou que ele e família sofrem campanha de intimidação por desconhecidos.”
“Fascismo de segunda”, “escalada fascista”. Demorou, mas finalmente o jornal da família Frias passou a considerar Bolsonaro (e seu governo) como “fascista”. Resta perguntar: a Folha descobriu a roda ou concluiu que a Terra não é plana?