GLOBO E FOLHA CAPITULAM NO ENXURDEIRO

“O Globo” e a “Folha de São Paulo” decidiram que não irão mais enviar seus jornalistas para fazerem plantão e cobertura em frente ao Palácio da Alvorada. Os veículos de informação alegaram falta de segurança para seus profissionais, que são sistematicamente hostilizados e ameaçados pelos energúmenos do curral fascista. Esses não são os únicos veículos da imprensa que sofrem com as hostilidades e ameaças dos bolsonaritas, mas foram os primeiros a abandonar a pocilga dos fascistas. Em carta encaminhada ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e assinada pelo vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, o jornal da família Marinho comunica a sua decisão de abandonar o trabalho no chiqueiro bolsonarista. Diz trecho da carta enviada ao general:

Entretanto são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico.

Estas agressões vêm crescendo.

Assim informamos por meio desta que a partir de hoje nossos repórteres, que têm como incumbência cobrir o Palácio da Alvorada, não mais comparecerão àquele local na parte externa destinada à imprensa.”

Na verdade, veículos de comunicação como “O Globo”, a “Folha de São Paulo”, o “Estadão”, “Veja” e outros que são constantemente atacados pelo bolsonarismo, estão sendo vítimas de suas próprias convicções. Eles plantaram essa situação. Esses veículos apoiaram o golpe de 2016 e massacraram os governos petistas. Mesmo assim, nenhum deles sofreu o que estão sofrendo do governo fascista. Eles foram alertados, mesmo antes da campanha, sobre o que a postura deles estava gerando. Mas os “Mervais”, “Sardenbergs”, “Cristianas” e similares só tinham um interesse: fazer um jornalismo engajado aos interesses de seus próprios patrões. Ainda que perigoso para a democracia. Não faltaram avisos. Hoje, as “Organizações Globo”, que foram tão “valentes” contra os “sem-terra armados de foices”, os “comunistas patrocinados por Maduro”, as “gangues de grevistas arruaceiros” e os “petistas aloprados”, entregam os pontos e perdem por W.O. para um chiqueirinho fascista. Parece que a Terra, depois que foi decretada plana, está dando outras voltas…

Os veículos que hoje capitulam diante do chiqueirinho bolsonarista, de certa forma “deram uma de Bolsonaro”. Porque eles agiram, em relação ao Bolsonaro, do mesmo modo que Bolsonaro está agindo em relação ao coronavírus. Eles minimizaram. Eles foram negacionistas. Eles pensavam que Bolsonaro fosse apenas uma “gripezinha” para a democracia. Agora, tarde demais, perceberam que Bolsonaro é um câncer. E não faltou alerta. Até o último minuto.

“Não quero que o Brasil seja uma Venezuela” era um dos motes da mídia golpista que acabou, em grande parte, responsável pela ascensão da extrema-direita. E agora eles estão vivendo dias daquilo que eles próprios diziam ser a “Venezuela”. As vísceras apodrecidas do governo expostas para todo Brasil no vídeo da reunião ministerial-miliciana de 22 de abril não deixam dúvidas: armar o povo para enfrentar o isolamento determinado por estados e municípios, matar ou morrer, prender os juízes “vagabundos” do STF, aproveitar a “distração” da mídia com a Covid-19 para promover a devastação ambiental, colocar granada no bolso dos servidores, prender prefeitos e governadores… “O Globo” e “Folha”: Sejam, bem-vindos aos “dias de Venezuela”…

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