
Infelizmente temos que, a todo momento, apertar o “F5” para atualizar. E, no momento em que escrevemos, os dados mais atualizados mostram que o Brasil registra 365.213 casos da Covid-19 e 22.746 mortes. Já os Estados Unidos registram 1.677.819 casos da doença e 98.035 óbitos. Os Estaos Unidos já tornaram-se o epicentro da doença. E o que faz Donald Trump? Proíbe a entrada de brasileiros em seu país. Não deveria ser o contrário?
É evidente que o servilismo ancilar de Bolsonaro em relação a Trump não irá gerar qualquer ação de reciprocidade à medida humilhante de Trump contra o Brasil. Os números no Brasil são assustadores. Mas os números dos Estados Unidos são mais de quatro vezes maiores do que os do Brasil. E por que Bolsonaro não decreta o mesmo em relação aos Estados Unidos?
O tal do Felipe Martins, um olavista que é assessor internacional da Presidência e que, como os outros, come nas mãos do Trump, ainda defendeu a medida que ultraja o Brasil. Disse o assessor olavista de Bolsonaro:
“O governo americano está seguindo parâmetros quantitativos previamente estabelecidos, que alcançam naturalmente um país tão populoso como o nosso. Não há nada específico contra o Brasil. Ignorem a histeria da imprensa.”
Mas, seguindo o raciocínio do assessor bolsonarista, que disse que os Estados Unidos seguiram “parâmetros quantitativos”, além do fato de o Brasil ser muito populoso, então por que o Brasil não segue os mesmos “parâmetros quantitativos”, visto que os Estados Unidos têm mais casos, mais mortes e maior população em relação ao Brasil? A resposta? Por causa da subserviência do governo ao Trump.
Depois da medida de Trump que humilha o nosso país Ernesto Araújo, o ministro das Relações Exteriores, fez um anúncio: os EUA irão doar mil respiradores para o Brasil. Só não se sabe quando. O mesmo Trump que atravessou compras de respiradores feitas pelo Brasil para desviá-los para os Estados Unidos agora diz que vai fazer “doações”. E concluiu o ministro-capacho:
“Parceria produtiva entre duas grandes democracias.”
Só se for a “parceria caracu”. Os Estados Unidos entram com a cara. Já o Brasil…