A FAMÍLIA “DELE” ACIMA DE TUDO, ATÉ DA LEI

“Querem foder minha família.” (Jair Bolsonaro, na reunião ministerial de 22 de abril de 2020).

“Bolsonaro presidiu uma conversa de botequim.” (Elio Gaspari, jornalista, sobre a reunião ministerial de 22 de abril de 2020).

As baixarias, palavrões, gritos e rompantes autoritários da reunião de 22 de abril são “apenas” ingredientes acessórios do conteúdo daquela que, tudo indica, é uma prova contundente de crimes de Bolsonaro. E não apenas de Bolsonaro. O vídeo da reunião que o ex-sócio de Bolsonaro, Sérgio Moro, diz ser a prova do desejo de Bolsonaro interferir politicamente na Polícia Federal para proteger sua família é uma sequência de confissões.

O conteúdo do vídeo entregue ao ministro do STF Celso de Melo, embora ainda não tenha sido divulgado, já foi vazado por alguns dos participantes e é devastador. Fontes que assistiram ao vídeo declararam que Bolsonaro falou que “precisava saber das coisas”, no caso, investigações em curso na Polícia Federal. E que as mesmas não poderiam prejudicar nem sua família e nem seus amigos. A obsessão em relação à Superintendência do Rio de Janeiro explica-se pelo fato de investigações que comprometem o clã dos Bolsonaros, como o caso Queiroz, as “rachadinhas” do Flávio e o envolvimento da família com as milícias ocorrerem no Rio de Janeiro. Em determinado momento Bolsonaro, aos gritos, teria dito:

“Não vou esperar foderem alguém da minha família. Troco todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro.”

A fala de “altíssimo nível” do “Presidente da República” não deixa dúvidas. O crime está mais do que cristalino.

Mas a coisa não parou por aí. O energúmeno e semianalfabeto ministro da Educação Abraham Weintraub pediu a prisão dos ministros do STF. De acordo com testemunhos de alguns participantes da reunião divulgados desde ontem, Weintraub afirmou:

“Tem que mandar todo mundo para a cadeia, começando pelo STF.”

E até a “recatada” Damares Alves desceu da goiabeira e defendeu a prisão de prefeitos e governadores.

É evidente que o vídeo tem que ser divulgado. Bolsonaro, sabedor dos crimes que ele e seus ministros cometeram, fala em “interpretação de cada um”. Ele não tem mais para onde recorrer e já está de joelhos para o “Centrão”. Finalmente, a “nova política” do Bozo acabou contratando as prostitutas do Congresso. Com direito ao “impoluto” Roberto Jefferson.

O jornalista Elio Gaspari diz, em sua coluna de hoje, que a reunião de ministros foi uma “conversa de botequim”. E fecha o seu artigo dizendo que o vídeo mostra a “muvuca” em que o Moro se meteu. Na verdade, a “muvuca” do Moro começou bem antes e, se o tal vídeo serve como prova para suas acusações contra o seu ex-sócio, Moro ainda deve se explicar sobre o que o aguarda na Justiça. Esse vídeo não apaga os crimes de Moro, que ainda tem que explicar à sociedade a parcialidade, o ativismo político, as fraudes processuais e o conluio com os procuradores na condenação do ex-Presidente Lula. Não nos esqueçamos de que a briga Moro X Bozo é o duelo do roto contra o esfarrapado. E, em se tratando de “conversa de botequim”, o Bozo é mesmo deplorável. Viva Noel Rosa!

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