
O pastor André Mendonça tomou posse como ministro da Justiça no lugar do usado e defenestrado Sérgio Moro. E a cerimônia, que oficialmente deveria ser uma “cerimônia de posse”, transformou-se em um espetáculo dantesco de servilismo, bajulação e subserviência. Com direito a um discurso repleto de absurdos elogios a Bolsonaro.
O pastor-ministro chegou a chamar Bolsonaro de “profeta no combate à criminalidade”, referindo-se aos últimos trinta anos, nos quais Bolsonaro passou invisível pelo Parlamento, só sendo notado em momentos de rompantes em que extravasava seus ódios e recalques recolhidos. Esqueceu-se o pastor que responderá pela Justiça em nosso país do envolvimento evidente de Bolsonaro e sua família com quadrilha de milicianos. Esqueceu-se o pastor-ministro das “rachadinhas” de seu filho Flávio e que Bolsonaro quer blindar. Esqueceu-se o pastor-ministro do Queiroz, o laranja da família Bolsonaro. Mas, ainda assim, para o novo ministro, Bolsonaro é um “profeta no combate à criminalidade”.
Como se não bastasse tanta subserviência, o pastor André Mendonça, em uma postura ancilar, ainda declarou-se um “servo” de Bolsonaro. E para completar a pantomima e agradar ao máximo o seu suserano, o pastor ainda prestou continência ao fascista. Tudo como o Bozo queria. Já dá para perceber que com esse Bolsonaro não terá qualquer problema e o novo ministro, pela sua apresentação, tem tudo para entrar no time dos desvairados como Ernesto Araújo, Weintraub e Damares. Não foi uma cerimônia de posse. Foi um verdadeiro culto ao Führer.