
Ele não é mais juiz. Ele não é mais ministro de Estado. E ele também não será ministro do STF. Usado, humilhado e cuspido para o esgoto da latrina bolsonarista, Sérgio Moro agora terá que enfrentar, como cidadão comum que não enriqueceu (segundo ele mesmo disse), a Comissão de Ética da Presidência da República. Talvez fosse bom ele arrumar logo um emprego para poder pagar um advogado. Ou então recorrer à Defensoria Pública.
Um grupo formado por 14 advogados e juristas dará entrada nesta quinta-feira, 30 de abril, em uma denúncia contra Sérgio Moro na Comissão de Ética da Presidência da República. Os denunciantes apontam os atos ilegais, admitidos pelo próprio Moro, no pronunciamento que fez ao despedir-se do governo em que foi usado, pisoteado e descartado como lixo.
Liderado pelo jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, os signatários da denúncia apontam diversas ilegalidades cometidas por Moro enquanto foi ministro da Justiça. Dentre os desvios são citados troca de favores e omissão relativa às ilegalidades cometidas por Bolsonaro. Há ainda a questão da suposta troca do diretor da Polícia Federal, que Moro desejava que só fosse consumada em novembro, quando seria indicado para ministro do STF, em uma barganha subterrânea entre ele e Bolsonaro. Na lista das denúncias, Moro ainda terá que explicar a tal “pensão” ilegal e absurda que ele próprio confessou ter pedido para aceitar o cargo (e foi atendido). Essa pensão flagrantemente ilegal seria paga à sua família caso “acontecesse algo” ao então ministro da Justiça. Esse pulha, ao contrário de seu slogan de esquina, jamais fez a coisa certa. Desde os tempos de juiz.
Agora sem emprego, descartado por Bolsonaro e sendo linchado, junto com sua mulher, pelas milícias virtuais do bolsonarismo, Sérgio Moro colhe os frutos podres das sementes podres que plantou. Se vira nos trinta, marreco!