O PRESIDENTE “CAFÉ-COM-LEITE”

Não sei se ainda se usa a expressão, mas antigamente, quando havia algum jogo ou brincadeira competitiva entre as crianças, usava-se a expressão “café-com-leite” para designar aquela que efetivamente não disputava nada, por sua incapacidade de competir com os demais. O “café-com-leite” era aquele que, embora estivesse no palco do jogo, não representava absolutamente nada e suas intervenções eram desconsideradas.

A humilhação sofrida por Bolsonaro com a não demissão do ministro Mandetta foi o ápice da condição de “café-com-leite” à qual Bolsonaro foi reduzido no jogo contra o coronavírus. Absolutamente incapaz, desde o início, de liderar a condução da crise, Bolsonaro, um “velho político da velha política” foi tragado pelo protagonismo e liderança dos novatos Doria e Witzel, governadores que assumiram a condição de líderes em seus Estados e ignoraram um presidente incapaz, tosco e covarde, que resolveu jogar para seus robôs reais e virtuais, espalhando teorias conspiratórias e agredindo a ciência. Até o Caiado tirou o time e desconsiderou o presidente “café-com-leite”.

Enquanto isso, a ala militar, liderada pelo general Braga Netto, foi tomando as rédeas do governo. Braga Netto, aliás, comandou a intervenção militar, com apoio do Congresso, que manteve Mandetta à frente do Ministério da Saúde. Isso, no mesmo horário em que bípedes fascistas já estavam na Avenida Paulista comemorando a saída do ministro. De lá para cá, Bolsonaro desapareceu e, nas entrevistas, o general Braga Netto já aparece, na prática, comandando os eventos e ocupando um protagonismo que deveria ser do presidente “café-com-leite”. O próprio Braga Netto já recebeu elogios do outro general, o vice Mourão, que disse que ele “está tocando bem o barco.”

Mas a coisa não fica por aí. Enquanto o semi-analfabeto Weintraub e o Dudu Bananinha ofendem a China, com assentimento do presidente “café-com-leite”, Mandetta negocia com o embaixador da China uma parceria de cooperação bilateral, para desespero de Carluxo e do “gabinete do ódio”.

Então, o que Bozo fala, já nem se ouve. Muito menos se escreve. Despreparado, incapaz, incompetente, tosco, covarde, Bolsonaro foi relegado à condição de presidente “café-com-leite”. Ou, se quiserem dizer que ele ainda tem alguma serventia, virou o “bobo da corte”.

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