
No dia em que o Datafolha divulgou a pesquisa que mostra que 76% dos brasileiros são favoráveis ao isolamento social, Jair Bolsonaro, nesse momento tutelado pela ala militar, estava decidido a demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Alguns veículos de comunicação chegaram a antecipar a notícia antes mesmo do anúncio oficial. A ausência de Mandetta na entrevista coletiva no final da tarde reforçava que a demissão se consumaria.
Ocorre que o general Braga Netto, hoje o Presidente de fato do Brasil e o general Luiz Eduardo Ramos tiveram que interceder e mantiveram Mandetta como ministro da Saúde. A ala militar, que hoje tutela o governo Bolsonaro, não permitiu que o ministro Mandetta deixasse o cargo nesse momento. Derrota do Olavo. Derrota do “gabinete do ódio”. Derrota do próprio Bolsonaro.
Comentava-se durante a tarde que Osmar Terra, o preferido de Bolsonaro por ser contra o isolamento horizontal, já estava até se anunciando como o novo ministro da Saúde. Mas, pelo menos por enquanto, ele vai ter que segurar a onda. E o Bozo vai ter que morrer de ciúmes por mais um tempo.
O que aconteceu na tarde de hoje no governo Bolsonaro não deixou de ser uma intervenção militar, coisa que Bolsonaro e seus seguidores sempre defenderam. Portanto, aí está a intervenção militar. Bolsonaro que use sua caneta Bic sem tinta para outra finalidade.