
Em 2018 o general Braga Netto tornou-se nacionalmente conhecido por comandar a intervenção na segurança do Estado do Rio de Janeiro. E agora Braga Netto está à frente de outra intervenção: a intervenção militar no governo Bolsonaro. É fato que Bolsonaro já não governa o país. Tampouco administra a crise. A falta de comando de Bolsonaro já foi até comunicada ao governo da Argentina.
Segundo o jornalista argentino Horacio Verbitsky um alto oficial do Exército brasileiro teria dito a um oficial argentino que Bolsonaro não está sendo ouvido e que ele teria virado um “monarca sem poder efetivo.” Na verdade, quem vem governando o Brasil é a ala militar, que é liderada pelo general Braga Netto. Assim, todas as sandices proferidas por Bolsonaro vão sendo desconsideradas e a ala militar “vai tocando o barco”. Até o vice Mourão já desautorizou Bolsonaro e reforçou a necessidade do isolamento no combate ao coronavírus.
Os bolsonaristas não podem nem mesmo reclamar da intervenção feita no governo. Isso porque eles sempre disseram que queriam uma intervenção militar. Foram às ruas pedindo intervenção militar. Tinham orgasmos múltiplos só de pensarem em intervenção militar. Pois aí está a intervenção militar: a ala militar, chefiada por Braga Netto, está governando de fato o Brasil. Quanto a Bolsonaro, virou um penduricalho sem qualquer serventia. Virou um fascista em delírio, isolado, sem autoridade e ignorado no Brasil, ridicularizado no exterior e latindo para uma reduzida bolha de psicopatas iguais a ele. É bem provável, assim, que a tal intervenção seja mesmo uma “interdição”, dadas as constantes evidências de transtornos mentais do Bozo, que já trocou a farda pelo paletó e gravata. Mas tudo indica que está na hora da camisa de força.