PANELAÇOS ABAFAM O PSICOPATA

Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento em rede nacional. Pela data, 31 de março, imaginávamos que, como sempre, ele fosse fazer a apologia da ditadura, como faz todos os anos. Se bem que, abram parênteses, o golpe militar que derrubou Jango foi em 1 de abril. Mas os golpistas jamais assumiriam essa data oficialmente. Fechem parênteses. Mas esse ano Bolsonaro deixou a tarefa de homenagear a ditadura para o vice Mourão.

Totalmente isolado, no Brasil e no Mundo, em razão de sua posição oposta à OMS, Bolsonaro foi criticado até entre os seus pares. Ministros, militares, governadores, prefeitos, o Congresso, o STF… Todos se opõem à proposta genocida de Bolsonaro, que sempre defendeu o fim do isolamento social no combate ao coronavírus. Em seu pronunciamento, Bolsonaro admitiu que o coronavírus “é uma realidade”. Mas novamente, de forma canalha, tentou deturpar a fala do diretor-geral da OMS. Ele novamente mentiu e foi devidamente repudiado com panelaços por todo Brasil, que já podiam ser ouvidos meia hora antes do discurso. Bolsonaro teria recebido conselhos do general Villas Bôas. Visivelmente pressionado, o psicopata insistiu em mentir, citando até o resgate de brasileiros na China, que ele era contra e só permitiu depois de pressões. Como ontem. Ele tentou forjar um certo recuo diante de sua posição temerária. Mas enquanto o fascista rosnava, com visível dificuldade diante do teleprompter, as panelas cantavam pelo Brasil afora.