MANDETTA: O FUJÃO

Luiz Henrique Mandetta já não engana a mais ninguém. Desde o início da crise pandêmica que o ministro da Saúde, não obstante sua posição ideológica de direita, vinha conduzindo o seu ministério de forma técnica, o que o levou a ganhar alguma credibilidade. Porém, no dia seguinte ao pronunciamento genocida de Bolsonaro, Mandetta deixou a ciência e preferiu mudar o discurso, passando a criticar o isolamento social que seu próprio Ministério recomendava e que é um protocolo adotado mundialmente e recomendado pela OMS.

Agora Mandetta fez outro gol contra, ao não participar de uma reunião da OMS, que contou com a participação de ministros da Saúde de mais de 50 países. Foi uma reunião por videoconferência, com a finalidade de discutir uma estratégia global de combate ao coronavírus. Mas Mandetta não participou, apesar de o Brasil ser o país da América Latina com o maior número de casos de coronavírus. China, França, EUA e Coreia do Sul, por exemplo, estavam representadas por seus ministros. Mas o Brasil não. Como pode o ministro da Saúde não participar de uma reunião convocada pela Organização Mundial da Saúde?

Certamente Mandetta teria muito o que explicar sobre a mudança de seu discurso em relação ao isolamento social, contrariando a OMS e o que seu próprio Ministério recomendavam. Mandetta, infelizmente, capitulou e, apegado ao cargo, escolheu por não confrontar a política genocida defendida por Bolsonaro. O ministro, infelizmente e ao que tudo indica, não irá mais descer da goiabeira.

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