
“O governador e o prefeito estão reduzindo drasticamente a circulação de transporte… Então eu vou suspender os meus cultos.” (Silas Malafaia, empresário, em 20 de março de 2020).
Contrariado, o empresário Silas Malafaia, dono da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que vai suspender os seus cultos. O mascate da fé, no entanto, não tomou a medida visando colaborar ou seguir as recomendações das autoridades médico-sanitárias para evitar aglomerações em tempo de pandemia. Desde o início da calamidade Malafaia descumpriu recomendações básicas para evitar a expansão do coronavírus e até enfrentou autoridades dos governos estadual e da Prefeitura para manter seus templos apinhados de clientes. Tudo para que o seu mercado da fé continuasse aberto. O vendedor de indulgências enfrentou até o Ministério Público.
Agora, com a restrição da circulação dos transportes pela cidade e pelo estado do Rio de Janeiro, o empresário Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, decidiu pela suspensão de seus cultos. Aliás, Bolsonaro já havia dado apoio a Malafaia para que mantivesse os seus cultos quando afirmou no programa do “Ratinho”, seu outro aliado, que “a Igreja é o último refúgio.” Não, Bolsonaro. Não, Malafaia. Em tempos de pandemia do coronavírus, o penúltimo refúgio é a casa, para quem a tiver. E o último é o hospital.