
Em entrevista nesta tarde no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Dória, considerou Jair Bolsonaro excluído de qualquer ação de liderança no combate ao coronavírus. “Os governadores e os prefeitos farão aquilo que Bolsonaro não consegue fazer”, disse João Dória, liderando a entrevista coletiva, da qual também participou o prefeito paulistano Bruno Covas.
Dória afirmou estar triste e decepcionado, especialmente com o desdém de Bolsonaro à pandemia que o Presidente absurdamente chamou de “gripezinha”. Já está mais do que claro que, ainda no início da pandemia no Brasil, Bolsonaro, sem crédito, sem liderança e cada vez se expondo mais ao ridículo e expondo igualmente sua incapacidade, será uma figura meramente decorativa, repetindo besteiras para sua claque de doentes aplaudir.
Há uma velha máxima que diz que “em momentos de crise políticos crescem ou sucumbem.” Bolsonaro sempre falou asneiras e assim se elegeu. Porque asneiras, mentiras, ódios, uso da palavra “Deus”, beijo na bandeira dos Estados Unidos e “pulso forte” só no gogó de quem sempre foi covarde e saiu de forma desonrosa do Exército, podem até eleger um tosco, energúmeno e insano intelectual como Bolsonaro. Mas muitos dos que assim votaram, agora estão vendo que esses expedientes rasteiros não geram necessariamente um líder ou um estadista. Que dirá salvar vidas!
A curva de crescimento do coronavírus, que já está subindo, será diretamente proporcional à derrocada de Bolsonaro. Se Bolsonaro foi eleito num vácuo de representatividade, nesta crise pandêmica ele é o próprio vácuo de liderança, seriedade e credibilidade, ou seja, de tudo o que o país precisa nesse momento. Assim, Bolsonaro tornou-se um figurante em delírio e outros já assumiram o protagonismo e, enquanto Bolsonaro vai perdendo apoio, confiança e crédito, o vácuo deixado pela sua total incapacidade não deixa dúvidas de que a tal “gripezinha” já pode ser considerada o seu cadafalso moral e político.