
“Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar.” (Jair Bolsonaro, em entrevista em 20 de março de 2020).
Hoje está sendo noticiado que a progressão do crescimento da pandemia do coronavírus no Brasil está no mesmo ritmo da Itália, país que registra o maior número de mortes. Só nas últimas 24 horas morreram mais de 600 pessoas na Itália. E a causa da morte foi a tal “gripezinha”, como Bolsonaro define a pandemia.
Desde sempre Bolsonaro desdenhou o coronavírus, chegando a falar em “histeria”, quando os exemplos em vários países mostram que nenhum chefe de Estado está sendo histérico ao tomar as medidas cabíveis, por mais rigorosas que sejam. Por mais que as autoridades médico-sanitárias alertem para medidas preventivas e para a seriedade do momento, Bolsonaro minimiza. E, de quebra, em uma entrevista sobre a pandemia, ele não poderia deixar de falar da “facada santa”.
Lembrando que há pouco mais de 100 anos uma “gripezinha”, que ficou conhecida como “espanhola”, assolou o Brasil e o mundo. E aqui no Brasil até o Presidente Rodrigues Alves veio a falecer, vítima da “gripezinha”.