
Hoje o Supremo Tribunal Federal decidiu pela rejeição do pedido da ex-Presidente Dilma Rousseff de anular o golpe de 2016, que a derrubou, em um conluio de Eduardo Cunha, o chantagista, com seus comparsas do PSDB. As “pedaladas fiscais” foram a razão da deposição de Dilma e, pouco depois do golpe, Romero Jucá, que virou ministro de Temer, vaticinou que “teria que estancar a sangria da Lava Jato, com o Supremo e tudo.” Jamais foi punido. Ato contínuo, Aécio Neves diz que “tem que ser um que a gente mate antes de delatar”, referindo-se a seu próprio primo. Jamais foi punido e até o Supremo o aliviou. No embalo, Temer fala para o Joesley que “tem que manter isso aí”, referendo-se ao “alpiste” para Eduardo Cunha ficar calado. Jamais foi punido. Ao contrário, Rodrigo Maia rejeitou todos os pedidos de impeachment de Temer. E agora, recentemente, Bolsonaro já cometeu vários crimes de responsabilidade, incluindo ameaças ao Congresso e ao próprio Supremo Tribunal Federal, até mesmo convocando para manifestações contra esses poderes. E o próprio Fernando Henrique, cardeal tucano igualmente golpista diz, diante de todas as agressões de Bolsonaro às instituições e à independência dos poderes, que “é melhor nem cogitar o impeachment.”
O relator da petição de Dilma foi Alexandre de Moraes, que foi alçado à condição de ministro da Suprema Corte com o próprio golpe de 2016 e também era tucano, tendo sido nomeado por Temer. Assim, a profecia de Jucá finalmente se consuma.
Detalhe importantíssimo: apesar dessa decisão, ao contrário dos fascistas jamais apoiaremos qualquer pedido de fechamento do STF.