
A Embratur anunciou que o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, embaixador do Turismo do governo Bolsonaro, será mantido na função de representar o turismo brasileiro no exterior, mesmo depois de ter sido preso no Paraguai com passaportes falsos. A decisão da Embratur do governo Bolsonaro não chega a surpreender. Vejamos o porquê:
Para um governo que mantém no cargo um ministro do Turismo envolvido em escândalos de candidaturas laranjas, alguma surpresa?
Para um governo que mantém no cargo um ministro do Meio Ambiente que foi condenado por crime ambiental, alguma surpresa?
Para um governo que mantém no cargo um ministro da Justiça que, comprovadamente, foi um juiz parcial e atuou em conluio com promotores, alguma surpresa?
Para um governo que mantém no cargo um presidente da Fundação Palmares que disse que a escravidão foi benéfica para os negros, alguma surpresa?
Para um governo que mantém no cargo um ministro da Educação que é semi-analfabeto, alguma surpresa?
Para um governo que mantém no cargo um ministro da Segurança Institucional que mandou o Congresso ir se foder, alguma surpresa?
Logo, manter um falsário preso no Paraguai no cargo de embaixador do Turismo é perfeitamente coerente. Ronaldinho Gaúcho representa muito bem o governo Bolsonaro. Pena que o nome do Brasil está no meio dessa vergonhosa podridão. Infelizmente, tudo a ver: no “governo das fakes”, o embaixador do Turismo falsário ser mantido no cargo é algo que não poderia fugir à regra.