A psicopatia de Jair Bolsonaro parece mesmo não ter fim. Agora ele novamente coloca sob suspeita o processo e a Justiça Eleitoral, a mesma Justiça Eleitoral que o proclamou vencedor do pleito presidencial. Em uma afirmação estapafúrdia, irresponsável e delirante Bolsonaro disse, nos Estados Unidos, que a eleição de 2018 foi fraudada porque ele deveria ter vencido no primeiro turno.

A afirmação, que coloca na berlinda a Justiça Eleitoral brasileira, é feita no momento em que a extrema-direita convoca manifestações para o dia 15 de março para intimidar o Congresso e o próprio Poder Judiciário. Assim, Bolsonaro incendeia ainda mais o ambiente golpista que quer emparedar o Legislativo e o Judiciário e dá mais um ingrediente para a claque fascista ir às ruas. Não resta dúvida que, além de irresponsável e criminosa, a acusação de Bolsonaro passa a ser mais um elemento para insuflar suas hostes de extrema-direita contra a Constituição e o regime democrático.

Na verdade, quem é fraude e foi resultado de uma fraude é o próprio Bolsonaro. Ele venceu a eleição à base de “fake news”, hoje mostrado pela CPI. Ele venceu a eleição graças às fraudes processuais, parcialidade, ativismo político e conluio de um juiz com procuradores para tirar da disputa o adversário que o derrotaria e, depois, chama esse juiz para ser o seu ministro da Justiça.

A Justiça Eleitoral e o Poder Judiciário como um todo têm a obrigação de dar uma resposta contundente à afirmação criminosa de Bolsonaro, sem contemporização.

Ao colocar novamente a Justiça Eleitoral sob suspeita Bolsonaro dá ainda mais munição a seus seguidores fascistas e ensandecidos para voltarem-se contra os poderes constitucionais. O Judiciário não pode se calar.

Reage Justiça Eleitoral! Reage Poder Judiciário. A fraude que chegou ao poder quer acabar com vocês.