
“Se der Haddad, o dólar vai a cerca de 5 reais, a bolsa vai despencar significativamente e vai ser uma oportunidade de comprar”. (Ricardo Amorim, jornalista global do programa ultra-direitista Manhattan Connection prevendo, em setembro de 2018, que o dólar dispararia e a bolsa despencaria caso Fernando Haddad fosse eleito).
É interessante recordar as expectativas dos “analistas de mercado” em vésperas de eleição. Principalmente em uma eleição acirrada como foi a de 2018 e quando o que interessava era “tirar o PT”. Exploda-se quem entrasse em seu lugar. Mas essas expectativas acabam soando, quase sempre, como um terror imposto por analistas “isentos” e comprometidos apenas em derrubar e apedrejar as “Genis” de sempre. São os “urubólogos do apocalipse”.
Uma dessas previsões foi a do jornalista Ricardo Amorim. Ele é do mesmo time do Diogo Mainardi no programa dominical ultra-direitista “Manhattan Connection”, da Globonews. Em setembro de 2018, pouco antes do segundo turno da eleição presidencial, vaticinou Ricardo Amorim em um evento da XP:
“Se der Haddad, o dólar vai a cerca de 5 reais, a bolsa vai despencar significativamente e vai ser uma oportunidade de comprar”.
Mas não foi só o jornalista global que fez previsões apocalípticas em caso de vitória do PT. Tivemos também previsões “redentoras” em caso de vitória do fascista Jair Bolsonaro. Foi o que previu o Credit Suisse em outubro de 2018, no auge da campanha do segundo turno:
“Bolsonaro eleito pode derrubar o dólar para 3,50.”
Acrescente-se que o Credit Suisse é uma instituição de grande “credibilidade” no mercado. E, claro, politicamente “isenta”. Faz-me rir!
Hoje é dia 6 de março de 2020 e o dólar está beirando os 5 reais e o próprio Paulo Guedes teve a “cara de pau” de afirmar, na FIESP, que o patamar da moeda americana é “normal”. (sic!)
Hoje também a bolsa de valores registrou, por volta das 15 horas, uma queda de 3,79% e o dólar continuava em alta. Não estamos no governo Haddad. E agora Ricardo Amorim? E agora Credit Suisse? E agora “urubólogos antipetistas do apocalipse”?