O SÓCIO DO WEINTRAUB

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Como que uma pessoa nitidamente semi-analfabeta, como é o caso do atual ministro da Educação de Bolsonaro, pôde ser aprovado em um concurso público para professor universitário? O que houve por detrás da aprovação de Abraham Weintraub para o corpo docente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), quando hoje o país inteiro já sabe que o ministro bolsonarista trata-se de um desqualificado até para se expressar em Língua Portuguesa?

A Revista Forum publica hoje uma matéria que nos dá a resposta de como essa excrescência verborrágica-olavista e anti-intelectual chamada Abraham Weintraub tornou-se professor da Unifesp. Em primeiro lugar, ele era candidato único. Porém, a nota mínima para aprovação, mesmo sendo o único concorrente à vaga de professor da disciplina “Aspectos Práticos de Operações de Mercado”, era 7 (sete). O concurso aconteceu em 2014 e, de todos os 32 concursos realizados pela instituição naquele ano, Weintraub foi o único a passar com a nota mínima. Dos cinco examinadores, um o reprovou, dando-lhe nota 6 (seis). Outros três deram-lhe a nota mínima, 7 (sete). Para ser aprovado dentro da média exigida, ele precisaria de, pelo menos, uma nota 8 (oito) do outro examinador. E foi o que aconteceu. Assim, ele foi aprovado no limite. Mas, no geral, da instituição ele foi o último colocado entre todos os candidatos.

O examinador que atribuiu a nota 8, salvando Weintraub da degola, foi Ricardo Hirata Ikeda. Foi exatamente esse professor que, logo depois, tornaria-se sócio de Abraham Weintraub, o ministro semi-analfabeto, e de seu irmão, Arthur Weintraub. Os irmãos Weintraub, juntamente com o professor que salvou o atual ministro da Educação no concurso, inauguraram o CES (Centro de Estudos em Seguridade). Ocorre que os irmãos Weintraub e o senhor Ricardo Ikeda apresentam o CES como sendo um centro de pesquisa da própria Unifesp, mesmo sem a aprovação da instituição. Ou seja, Weintraub e seu sócio que o aprovou no concurso, usam indevidamente o nome da instituição federal da qual são servidores. Tanto que a própria Unicef abriu uma sindicância para investigar o uso indevido de sua marca e comprovou a irregularidade. Aguardam-se apenas a punição pela impostura de Weintraub e seu sócio.

A matéria da Revista Forum traz ainda outras peripécias irregulares de Weintraub e seu centro de estudos e vale conferir a matéria completa. Por ora, fica esclarecido como alguém que sequer consegue dominar a expressão oral e escrita virou professor da Unifesp. Aliás, uma “qualificação” perfeita para, depois, tornar-se a autoridade máxima da Educação brasileira no atual governo.

Se o Carlos Imperial ainda estivesse entre nós e fosse o anunciador das notas no concurso prestado por Weintraub, ao anunciar a nota dada por Ricardo Ikeda, mesmo não sendo dez, ele abriria uma exceção e falaria bem alto: “Oito, nota oito!” 

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