Regina Duarte, a nova secretária de Cultura do governo fascista, desde que resolveu criar o seu “mural fake” de apoio da classe artística, em menos de 24 horas foi sendo desautorizada por colegas que ela incluiu no mural, mas que fizeram questão de afirmar que não apoiam o governo de extrema-direita com o qual a “namoradinha” resolveu se casar.

Primeiro foi a Carolina Ferraz, que deu uma resposta ao mesmo tempo contundente e elegante à Regina Duarte. Então, Regina Duarte escolheu como substituta de Carolina Ferraz para aparecer em seu “mural de apoio” a atriz Carla Daniel, que também desautorizou o uso de sua imagem. Mas a “namoradinha” não desistiu. Incluiu Ary Fontoura, Luiz Fernando Guimarães, Beth Goulart e Maitê Proença. Todos afirmaram que não apoiam o atual governo e que não autorizaram o uso de seus nomes.

Regina Duarte, então, finalmente desistiu de publicar o seu “mural fake” de apoio da classe artística e apagou a postagem com o uso indevido de artistas que, de forma leviana, foram considerados como apoiadores do governo Bolsonaro.

A “namoradinha” já começou muito mal: desrespeitando pessoas, publicando mentiras, sendo desautorizada e vendo que, claramente, a grande parte de quem é artista não pode apoiar um governo que sempre atacou a arte e os artistas. Até a Fernanda Montenegro já foi atacada por esse governo.

Regina Duarte queixou-se de que há uma “resistência ideológica” forte que impedirá que a polarização seja vencida. E haverá mesmo. Porque um governo que tem como Presidente alguém que defende a ditadura, defende a tortura e tem como ídolo um torturador, chama Paulo Freire de “energúmeno”, recusa-se a assinar um prêmio internacional ganho pelo Chico Buarque, acaba com a Casa de Ruy Barbosa, nomeia um negro racista para a Fundação Palmares e odeia a arte e a classe artística não pode mesmo esperar o apoio de artistas. O resto é “papo de meia-entrada”…