IRÃ PEDE EXPLICAÇÕES AO BRASIL

cala a boca bozo 2

“Nós repudiamos terrorismo em qualquer lugar do mundo e ponto final. É um direito deles, como é o meu também.” (Jair Bolsonaro, dando apoiando à operação dos Estados Unidos que assassinou o general iraniano Qassim Suleimani).

O governo Bolsonaro, com sua política externa temerária e totalmente ancilar dos interesses dos Estados Unidos, entrou em uma seara perigosa ao externar, através do próprio Presidente da República, uma posição em que apóia a operação ordenada por Donald Trump que culminou no assassinato de uma das principais figuras políticas e militares do Irã, o general Qassim Suleimani. Mas Bolsonaro, não satisfeito, ainda desdenhou de Suleimani, dizendo que “ele não é general”. Talvez, com a debilidade mental de Bolsonaro, ele já esteja sofrendo de mitomania e pense que o general é ele próprio.

Bolsonaro continua achando que a política externa é uma brincadeira de “Forte Apache” ou “War”. E está conseguindo contrariar a própria tradição diplomática brasileira, que é de não alinhamento, especialmente em uma guerra em que o Brasil não tem absolutamente nada para se intrometer ou opinar. Desde a Revolução Islâmica em 1979 no Irã (e estávamos em plena ditadura militar), que os governos brasileiros sempre mantiveram uma posição de não alinhamento. O correto seria condenar atos de terrorismo ou de violência de ambos os lados. A infeliz (e perigosa) declaração de Bolsonaro apoiando o ataque que matou Suleimani, levou a Chancelaria do Irã a pedir explicações ao representante brasileiro em Teerã pelo nítido apoio oficial do Brasil aos Estados Unidos. Bolsonaro parece que está apenas jogando para a sua claque de psicopatas o que, a depender do andamento do conflito, pode até colocar o Brasil em um eixo muito perigoso.

Bolsonaro diz que Suleimani não é general. Mas o próprio Itamaraty confirma que é. Na verdade, Bolsonaro é que não é estadista. E jamais será. Hoje, quando Donald Trump fez um pronunciamento sobre o estado de guerra de seu país com o Irã, claro que Bolsonaro tinha que ouvir o pronunciamento. E, novamente jogando para a sua claque ele postou, em um ato ridículo e deplorável de submissão, uma “live” assistindo ao pronunciamento de seu chefe. O governo iraniano também se manifestou. Bolsonaro, por acaso, postou algum vídeo assistindo à versão dos iranianos, se é que assistiu?

Esperamos que a “chamada” que o representante brasileiro levou em Teerã sirva para fazer com que Bolsonaro, que diz repudiar o terrorismo mas tem um torturador e assassino como ídolo, recoloque o Brasil em sua tradição diplomática e pare de fazer nosso país passar vexame por uma briga que não é, nunca foi e jamais será nossa.

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