O escândalo de corrupção e “rachadinhas” do clã Bolsonaro, que tem Flávio Bolsonaro e o “laranja” Fabrício Queiroz no epicentro, parece que desmascarou de vez a família, que sempre esteve envolvida em esquemas de funcionários fantasmas e enriquecimento ilícito, conforme vem demonstrando o Ministério Público do Rio de Janeiro.
A tal “rachadinha” feita pelos assessores de Flávio Bolsonaro, cujos detalhes já são fartamente conhecidos há tempos, tinha como “modus operandi” o desvio de salários para beneficiar, como tudo indica, até quadrilha de milicianos ligados ao famigerado e nefasto “Escritório do Crime”. O escândalo não admite eufemismos. A família Bolsonaro, bem como o “laranja” Queiroz, devem muitas explicações. Seria de bom alvitre uma declaração de Sérgio Moro, mas pelo que já conhecemos do ministro bolsonarista ele deverá perdoar o filhinho de seu chefe. Agora, é cada um por si e para si. E o “laranja” Queiroz, que em um áudio já se queixava de não ter o apoio de ninguém (entenda-se: do clã Bolsonaro), agora também acaba de perder o seu advogado. Paulo Klein, que defendia o “laranja” dos Bolsonaros, acaba de deixar o caso, alegando questões de “foro íntimo”.
Quem se mete com a família Bolsonaro sabe como é a prática do clã: eles usam e descartam, da forma mais humilhante possível. Perguntem ao Magno Malta. Perguntem ao Bebianno. Perguntem ao general Santos Cruz. Agora, chegou a vez do descarte do Queiroz. Defenestrado pelos Bolsonaros, ele acaba de ser escanteado até pelo seu advogado. O próprio Jair Bolsonaro disse, quando tentou em vão se desvincular dele, que o Queiroz “fazia rolo”. E que rolo…
Mas Queiroz, “o abandonado”, é um arquivo vivo e certamente tem muito o que falar. “Rachadinhas”, familiares do Presidente da República beneficiados, depósitos mais do que suspeitos, participação de milicianos no esquema… Fala Queiroz! O povo quer saber, especialmente aqueles “defensores do moralismo que combatem a corrupção”…