“Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês.” (Myra Athayde, namorada do doleiro Dario Messer, sobre propina paga ao procurador da Lava Jato Januário Paludo).
Dessa vez não foi o The Intercept e nenhum de seus sites parceiros. Foi a própria Polícia Federal (entenda-se: a Polícia Federal anterior a Moro). Januário Paludo é o procurador da Lava jato que inspirou o nome do grupo em que seus colegas trocavam mensagens comprometedoras, o “Filhos de Januário”. Seu ódio e parcialidade contra Lula são cristalinos, visto que o referido procurador foi um dos que zombaram do ex-Presidente por ocasião da morte de sua esposa e de seu irmão. Pois agora, o referido procurador que virou nome de grupo no Telegram acaba de ser apontado por Dario Messer, o “rei dos doleiros”, como beneficiário de propina em troca de proteção em suas ações criminosas. Paludo é do mesmo time de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, já devidamente desmoralizados pela Vaza Jato.
Os diálogos que incriminam o procurador lavajateiro ocorreram em agosto de 2018 e expõem, mais uma vez, o lado podre da operação que se mostrava “redentora” contra a corrupção no Brasil. Com que cara, por exemplo, Sérgio Moro irá agora defender o seu parceiro? Vai dizer que é sensacionalismo? Ou vai desculpar o procurador propineiro?
A reportagem completa que traz o diálogo do doleiro com sua namorada é do jornalista Vinícios Konchinski e foi publicada no portal UOL. E, mais uma vez, a podridão dos”justiceiros” vai sendo exposta sem eufemismos. Ficamos na expectativa da indignação dos “moralistas”. É fundamental lembrar que essa reportagem, na verdade, confirma a versão do advogado Tacla Durán, que já havia denunciado o esquema. Assim, mais uma vez fica fácil de entender o porquê de Sérgio Moro, quando juiz, sempre ter se recusado a ouvir Tacla Durán. As peças cada vez mais se encaixam, como em um quebra-cabeça fácil, muito fácil de montar!