“Foi criada uma falácia que é que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo. Autonomia de pesquisa, autonomia de ensino. Só que essa autonomia acabou se transfigurando em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha. Tem plantações extensivas de maconha em algumas universidades.” (Abraham Weitraub, ministro da Educação, em entrevista ao site “Jornal da Cidade, em 21 de novembro de 2019).
Mais um vez o ministro fundamentalista da Educação assaca contra as universidades brasileiras, fazendo uma acusação mais do que irresponsável, porque ela é criminosa: Weintraub, em sua sanha contra as universidades públicas (não resta mais dúvida de que é algum complexo, visto que ele foi um péssimo aluno universitário), acusou as universidades federais de terem “plantações extensivas de maconha”. A afirmação criminosa do ministro fascista foi dada em entrevista ao portal “Jornal da Cidade”. O referido site é um veículo da ultra-direita e defensor do governo fascista de Bolsonaro e parece ser especializado em veicular barbaridades. Basta dizer que, na mesma edição em que publica a entrevista na qual o ministro da Educação faz a acusação criminosa contra as universidades, também traz uma matéria em que afirma, podem acreditar, que “Bolsonaro dá aula de história em seu discurso na Aliança pelo Brasil.” Certamente, em um ambiente como esse, Weintraub sentiu-se mais do que à vontade para, mais uma vez, atacar as universidades federais.
Porém, a acusação descabida de Weintraub não vai sair barato para ele. Evidentemente, ele tem a obrigação de provar onde estão as plantações de maconha dentro das universidades. Os reitores de todas as universidades federais do país foram diretamente atacados com a estúpida acusação de Weintraub e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) vai acionar na Justiça o ministro pela sua acusação.
Sem ética, sem respeito, sem princípios, sem responsabilidade e sem a mínima educação, o ministro em questão dá mais uma prova de seu despreparo para o cargo que ocupa. Aliás, desde que substituiu o ministro colombiano (outro desastre!), Weintraub só vem atacando universidades, professores e estudantes. Ele chegou a chamar a UNE de “máfia”.
Quanto à existência de plantação de maconha nas universidades, ficamos na expectativa de Weintraub indicar onde estão essas “plantações extensivas”. Mas não basta processá-lo. Ele deveria ser chamado para uma audiência pública no Congresso, a fim de explicar e fundamentar sua acusação. A educação brasileira não merece loucos, incompetentes e recalcados odiosos em seu comando!