“Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF.” (Cláudia Teixeira Gomes, advogada bolsonarista, reagindo contra a decisão do STF em não permitir a prisão em segunda instância, conforme reza a Constituição).
O nome dela é Cláudia Teixeira Gomes e, em seu perfil nas redes sociais, ela expressa verdadeira adoração por Jair Bolsonaro. Também não esconde sua admiração por Sérgio Moro. Advogada, presume-se que Cláudia Teixeira Gomes seja uma conhecedora das leis. Especialmente de crimes hediondos. No entanto, para ela o estupro e o assassinato devem ser respostas quando se discorda de alguma coisa, até de decisão judicial. Porque discordar de lei, de decisão judicial ou de atos do Executivo, é um direito de qualquer um no ambiente democrático. Porém, a incitação ao crime também é crime. E a apologia ao estupro e ao assassinato também é crime.
A advogada, que atua na cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, expressou toda sua ira e ódio querendo que as filhas dos ministros do STF sejam estupradas e mortas. Tudo muito dentro do bolsonarismo, visto que o líder dela já falou que não estupraria uma mulher porque ela não merecia e disse que “metralharia os petralhas”. Faltou alguém avisar à advogada que ela incorreu em crime e que poderia expelir seu ódio de outro modo, talvez sublimando e lendo o artigo 5º da Constituição, que parece não ter aprendido nos bancos da faculdade.
Até porque, assassinato é o pior dos crimes contra o ser humano. E mulher nenhuma, inclusive ela, merece ser estuprada, ao contrário do que ela e seu “mito” pensam.