“Como símbolo da conjugação de esforços entre os Poderes Executivo e Legislativo para a acessão do Brasil àquela organização internacional, propomos o Dia da OCDE no Brasil.” (Trecho do Projeto de Lei Nº 5302, apresentado por Eduardo Bolsonaro, propondo o “Dia da OCDE”, em comemoração à entrada, prometida por Trump, do Brasil na Organização).
Estava tudo certo. Afinal, Trump havia prometido. Afinal, a família Bolsonaro, além de aliada política, é “amiga pessoal” da família Trump. Os Estados Unidos iriam endossar a entrada do Brasil na OCDE. Então, o escrivão de polícia, fritador de hambúrgueres e deputado federal Eduardo Bolaonaro tratou de apresentar um projeto de lei criando o “Dia da OCDE – Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico”, a data que marcaria o acesso do Brasil ao seleto grupo de países da Organização. Claro, com o aval de Trump, que havia prometido e que as “boas relações” com o governo e a família Bolsonaro seriam uma garantia da promessa. E de uma vitória diplomática. O projeto de lei, apresentado no dia 1º de outubro, foi rejeitado por ser contrário à Lei das Datas Comemorativas. Mas expressa a certeza inequívoca que Bolsonaro tinha na entrada do Brasil na seleta Organização.
No projeto, Eduardo Bolsonaro, querendo inclusive um ganho político que facilitasse a aprovação de sua indicação para embaixador nos EUA, chegou a escrever que “quando for aceito, o Brasil passará a ter voz e voto, influenciando, sobremaneira, nos debates globais e no estabelecimento e revisão de padrões da organização”.
Mas Trump recuou. Ou melhor, talvez ele nunca tenha avançado. Foi aquela promessa do tipo “seja um bom menino que ganha uma balinha”. Bolsonaro acreditou e foi um “ótimo menino”: liberou os conterrâneos de Trump de visto, isentou o trigo dos Estados Unidos de impostos, deixando putos os produtores brasileiros, e ainda abriu a Base de Alcântara para os brinquedos espaciais de seu ídolo. Mas quem vai comer o doce é a falida Argentina de Macri. Vergonha em dobro. E agora o tal projeto de lei entrará para a história como mais um “mico” protagonizado pela família e pelo governo Bozo. Ficou só no “cheirinho”. E aí não vai nenhuma sacanagem com meus amigos e leitores flamenguistas. Certamente quem gostou do desfecho foi o Aécio.
E agora Eduardo Bolsonaro, o que fazer com o projeto de lei que você apresentou e que se transformou em mais um “mico”? Aí vai um conselho: Use-o!